Questionar a saída do Reino Unido da União Europeia seria uma "fórmula para mais divisões", afirmou em discurso onde apresentou ideias dos trabalhistas para "fazer o Brexit funcionar".
"Sob (um governo) trabalhista, o Reino Unido não voltará à UE. Não vamos aderir ao mercado único. Não participaremos na união aduaneira", disse no think tank Centre for European Reform.
Mais moderado e eurófilo que seu antecessor Jeremy Corbyn, Keir Starmer passou três anos no comando do Brexit na oposição, usando sua experiência jurídica para cobrar regularmente o governo.
Embora por um tempo tenha sido a favor de um segundo referendo, desde que foi eleito chefe do partido há dois anos, Starmer levantou a questão do Brexit poucas vezes.
"Não dá para seguir em frente, crescer como país, mudar ou recuperar a confiança de quem perdeu a fé na política se focarmos nas disputas do passado", disse o líder trabalhista.
Uma pesquisa recente do instituto YouGov indica que 54% dos britânicos considera que a saída da UE não foi bem-sucedida e 61% dos entrevistados pensa que a gestão do Brexit pelo governo foi ruim.
Anteriormente, na ITV, Keir Starmer acusou o primeiro-ministro Boris Johnson "de usar o Brexit para alimentar divisões antigas".
O Partido Trabalhista viu um aumento de popularidade este ano, enquanto Johnson e os conservadores se envolveram em vários escândalos.
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LONDRES
Partido Trabalhista não contempla retorno do Reino Unido à UE se chegar ao poder, diz líder
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