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Estado de Minas BARCELONA

Corpo de John McAfee segue em necrotério um ano depois de sua morte


23/06/2022 16:55

O corpo do criador do antivírus McAfee continua em um necrotério de Barcelona, na Espanha, um ano depois de sua morte na prisão, enquanto a Justiça espanhola decide se aceita o recurso da família para reabrir a investigação que determinou que ele havia se suicidado.

O cadáver de John McAfee permanece no depósito do Instituto Médico Legal de Barcelona, confirmaram à AFP fontes do Departamento de Justiça da região da Catalunha.

O corpo do polêmico empresário foi levado para lá pouco depois da tarde de 23 de junho de 2021, quando foi encontrado em sua cela na prisão de Brians 2, a cerca de 40 quilômetros de Barcelona. Tudo apontava para um aparente suicídio, o que foi confirmado depois da única necropsia realizada até o momento.

Sua esposa, no entanto, nunca acreditou que McAfee, na época com 75 anos e que, horas antes de sua morte, teve sua extradição aos Estados Unidos autorizada pela Justiça espanhola, tivesse decidido tirar a própria vida. Assim, ela solicitou mais diligências, ao considerar a primeira necropsia "incompleta", segundo explicou o seu advogado, Javier Villalba.

Diante da recusa do juiz de instrução, e com o objetivo de reabrir a investigação, a família interpôs um recurso que ainda está pendente de resolução na Audiência Provincial de Barcelona.

"Hoje [23 de junho] faz um ano que John McAfee foi roubado de nós. Um líder da liberdade e da privacidade, o mundo é um lugar mais sombrio sem ele", escreveu no Twitter Janice McAfee.

Acusado de fraude fiscal nos Estados Unidos, John McAfee fez fortuna com o antivírus que leva seu nome nas décadas de 1980 e 1990. Depois, se converteu em um guru das criptomoedas e era seguido por um milhão de usuários no Twitter.

McAfee foi detido em outubro de 2020 no aeroporto de Barcelona após a publicação, por um promotor americano, de uma ata de acusação contra si por omitir a declaração de milhões de dólares em receitas pela promoção de criptomoedas, por serviços de consultoria, conferências e a cessão de direitos para a realização de um documentário sobre sua vida.

As autoridades dos Estados Unidos haviam emitido uma ordem de captura através da Interpol e pedido sua extradição por crimes que, caso fosse condenado, poderiam lhe render uma pena de até 30 anos de prisão.

Horas antes de sua morte, a Justiça espanhola havia autorizado sua extradição, mas a mesma ainda poderia ser objeto de recurso e deveria contar com a aprovação do Executivo em Madri.

Esta não foi a primeira vez em que McAfee se envolvia em polêmicas. Após o misterioso assassinato de seu vizinho em Belize em 2012, um caso ainda sem solução, a polícia descobriu que McAfee vivia com uma adolescente de 17 anos e possuía armas em sua casa.

O empresário fugiu durante meses e foi detido nos Estados Unidos, em 2015, por dirigir sob o efeito de entorpecentes. Em 2019, voltou a deixar o país.

INTEL


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