Após um primeiro dia de paralisação na terça-feira, esta é a segunda jornada de greve da semana, que deve prosseguir com uma terceira no sábado caso empresários e sindicatos não alcancem um acordo.
Apenas um trem em cada cinco circulará e as linhas devem fechar às 18h30 locais.
Diante da mobilização histórica, o governo do primeiro-ministro Boris Johnson anunciou a intenção de mudar a lei para permitir a substituição dos grevistas por temporários e reduzir o que considera um impacto "desproporcional" das paralisações.
Em caso de aprovação no Parlamento, as mudanças devem entrar em vigor nas próximas semanas e serão aplicadas na Inglaterra, Escócia e Gales.
O ministro dos Transportes, Grant Shapps, afirmou que a reforma é "vital" e "garantiria que qualquer greve futura provocaria menos transtornos e permitiria que funcionários adaptáveis, flexíveis e qualificados continuem trabalhando".
O Executivo também anunciou que vai aumentar a indenização máxima que os tribunais podem exigir de um sindicato no caso de greves declaradas ilegais. Para os maiores sindicatos, a compensação máxima aumentará de 250.000 libras para 1 milhão (1,22 milhão de dólares).
O sindicato de transportes RMT, que convocou a greve de três dias, reivindica aumentos salariais para repor as perdas da inflação, ao mesmo tempo que denuncia a perspectiva de "milhares de demissões" e o agravamento das condições de trabalho.
Um porta-voz da Network Rail disse que ficou "decepcionado" com o fracasso das negociações e chamou a greve de "desnecessária e prematura". O operador da rede ferroviária estatal pediu aos passageiros que só utilizassem os trens em caso de necessidade.
O sindicato TSSA anunciou na quarta-feira que os trabalhadores da Merseyrail, uma das várias operadoras ferroviárias privadas no Reino Unido, aceitaram uma oferta de aumento salarial de 7,1%, pressionando ainda mais as negociações entre o RMT e os empresários.
"Os aumentos salariais são possíveis e plenamente justificados", afirmou o sindicato.
LONDRES