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Estado de Minas CABUL

Ataque a templo sikh deixa um morto no Afeganistão


18/06/2022 12:07

Um membro da comunidade sikh morreu, e outros sete ficaram feridos neste sábado (18), após o ataque com granadas cometido por um grupo de homens armados contra um templo em Cabul.

Por volta das 6h30 locais (00h em Brasília), homens armados entraram em um templo sikh no oeste da cidade e atacaram "um guarda" com uma granada, informou o porta-voz do Ministério do Interior, Abdul Nafi Takor, em um comunicado.

Um membro da comunidade sikh faleceu, e outros sete ficaram feridos, relatou, acrescentando que combatentes das forças talibãs seguiram rapidamente para o local, e um deles foi morto.

"Dois dos atacantes morreram durante a intervenção", completou.

Alguns minutos depois do atentado, um carro-bomba explodiu perto do templo, sem fazer novas vítimas, afirmou Abdul Nafi Takor.

"Ouvi tiros e explosões vindos do 'gurdwara' (templo sikh)", disse à AFP o líder desta comunidade religiosa em Cabul, Gurnam Singh.

"Normalmente, a esta hora da manhã, temos vários devotos sikhs que vêm ao templo para rezar", contou.

Na sequência do ataque, um incêndio. Vídeos divulgados nas redes sociais mostravam uma coluna de fumaça escura saindo do local, e disparos são ouvidos.

No Afeganistão, um país quase inteiramente muçulmano, vivem cerca de 200 sikhs, contra meio milhão na década de 1970.

- Vítimas de ataques -

Nos últimos anos, a comunidade sikh afegã tem sido alvo de vários atentados. O mais letal deles foi em março de 2020, quando homens armados invadiram um templo em Cabul, matando pelo menos 25 pessoas. O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque.

O EI já havia atacado esta minoria em um atentado suicida em julho de 2018 em Jalalabad, no leste do país, que deixou 19 mortos.

Quarenta anos de guerra, pobreza e discriminação provocaram o êxodo da comunidade sikh afegã. E, desde o retorno dos talibãs ao poder em agosto passado, quase 100 deles foram para o exílio.

O número de atentados, com frequência dirigidos a comunidades religiosas minoritárias, diminuiu no país desde a chegada dos talibãs.

Uma série de ataques a bomba atingiu o país, porém, no final de abril, mês do Ramadã, matando dezenas de pessoas. No final de maio, eles voltaram a acontecer. A maioria deles foi reivindicada pelo EI.

Os talibãs tentam minimizar a ameaça representada pelo Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), o braço regional do EI, e travam uma batalha sem trégua contra o grupo. Também aumentaram o número de operações policiais, especialmente na província de Nangarhar (leste), que levaram à detenção de centenas de homens acusados de pertencerem ao grupo.


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