"Gazprom suspende a operação de mais uma turbina a gás Siemens na estação de compressão de Portovaia", onde se realizam as atividades de enchimento do Nord Stream, pelo que a produção diária passará de 100 para 67 milhões de metros cúbicos por dia na quinta-feira.
A Gazprom já havia anunciado na terça-feira uma redução de produção de 167 milhões para 100 milhões de metros cúbicos diários, atribuindo sua decisão à falta de componentes que Siemens deveria lhe entregar.
A redução do fluxo por esse gasoduto submarino que leva gás da Rússia à Alemanha pelo mar Báltico chega a 60% em dois dias.
A Alemanha considerou, no entanto, que a Gazprom buscava com essas medidas "aumentar o preço do gás".
"É claramente uma estratégia que tenta perturbar e aumentar os preços", afirmou o ministro alemão da Economia e questões climáticas, Robert Habeck, em um comunicado.
Anteriormente, a Alemanha afirmou que o corte anunciado na terça-feira era fruto de uma "decisão política", que "não pode ser justificada por motivos técnicos".
A Gazprom interrompeu essas últimas semanas suas entregas de gás a vários países europeus que se recusam a pagá-las em rublos.
O presidente russo Vladimir Putin determinou que os países "hostis", que adotaram sanções contra a Rússia por causa da guerra na Ucrânia, paguem seus fornecimentos de gás com moeda russa, apesar de os contratos estipularem que devem ser pagos em euros ou dólares.
O gasoduto Nord Stream entrou em serviço em 2012. Em 2021, 59,2 bilhões de metros cúbicos de gás natural russo foram encaminhados pelo canal para o norte da Europa, segundo dados da empresa.
MOSCOU