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Estado de Minas BUENOS AIRES

Juiz proíbe saída da Argentina de toda a tripulação de avião venezuelano investigado


14/06/2022 17:14

A Justiça proibiu nesta terça-feira (14) a saída da Argentina de 14 venezuelanos que são parte da tripulação de um avião-cargueiro de bandeira venezuelana, que também conta com cinco iranianos que já estavam com seus passaportes retidos pelas autoridades, informaram fontes judiciais.

A medida foi tomada pelo juiz federal de Lomas de Zamora, Federico Villena, após uma operação de busca e apreensão que foi realizada em sua presença pela polícia federal nos quartos de hotel onde estão alojados os tripulantes do Boeing 747, que está retido desde 8 de junho no aeroporto internacional de Ezeiza.

"Vieram fazer buscas nos 19 quartos, e não no hotel. Tudo aconteceu de forma tranquila, foram muito corretos, sem qualquer problema. Não nos permitiram subir, assim que não tivemos acesso para saber nada do que aconteceu", declarou à AFP o diretor do hotel Plaza Central Canning, César Giuggioloni, na entrada do estabelecimento.

A caso está sob segredo de justiça.

"São cinco iranianos e 14 venezuelanos, cada um ocupa um quarto individual dos 51 que tem no hotel", confirmou Giuggioloni, que acrescentou que havia sido informado "primeiro que sairiam na segunda-feira, depois amanhã [quarta-feira] e agora acredito que estão marcando para sexta".

- Operação de sete horas -

Na operação, que começou durante a madrugada e se prolongou por sete horas, foram apreendidos telefones celulares, computadores pessoais e documentos de diversos tipos, segundo uma fonte policial.

O hotel fica na localidade de Ezeiza, perto do aeroporto internacional de Buenos Aires, a 40 km da capital e, em seu andar inferior, há um centro comercial com diversas lojas e restaurantes.

"Os passageiros têm a possibilidade de ir e vir livremente, não têm restrição", garantiu o diretor do hotel.

A proibição de saída do país dos venezuelanos se soma a uma medida similar aplicada desde a segunda-feira sobre os tripulantes iranianos ante "a suspeita razoável de que a razão alegada ao ingressar [na Argentina] poderia não ser a real ou verdadeira", segundo a decisão judicial.

A aeronave, que chegou à Argentina em 6 de junho procedente do México e tentou depois, sem sucesso, aterrissar no Uruguai, pertence à empresa Emtrasur, uma filial da venezuelana Conviasa, que está na lista de sanções do Tesouro dos Estados Unidos.

A Argentina considera sensível a presença de viajantes iranianos, em razão dos alertas vermelhos de captura emitidos pela Interpol contra antigas autoridades do país asiático, acusadas pelo atentado contra o centro judaico AMIA em Buenos Aires, em 1994, que deixou 85 mortos e cerca de 300 feridos.

A Delegação de Associações Israelitas Argentinas (DAIA) é uma das partes no processo de investigação judicial pelo caso do avião.


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