"Nossa comida não é mercadoria", "Especulação: início da fome", diziam os cartazes da marcha.
A segurança alimentar será um dos principais temas da reunião dos 164 países membros da OMC, que tentará definir medidas para reduzir o risco de fome, agravado pela invasão russa da Ucrânia.
As entidades agrícolas que organizaram o protesto criticaram os acordos de livre comércio, alegando que eles destroem os pequenos cultivos e acentuam os riscos para a segurança alimentar quando ocorrem cortes de abastecimento, como é atualmente o caso da guerra na Ucrânia.
"A OMC é hoje um lugar para fazer negócios, obter participação no mercado e aumentar os preços da alimentação, tornando-a inacessível para muitos", disse à AFP Nicolas Girod, porta-voz da associação francesa de agricultores Confédération Paysanne.
"A alternativa é desenvolver uma verdadeira soberania alimentar" em escala local, "atenta às demandas das populações", ressaltou Girod, acrescentando que não espera "muito" da reunião da OMC, que durará até quarta-feira.
GENEBRA