A assembleia anual da OIT decidiu enviar uma "missão técnica" à China para "avaliar a situação", sem chegar ao ponto de torná-la uma investigação de alto nível, como foi solicitado pelos Estados Unidos, Reino Unido e outros países .
Durante as duas semanas da assembleia da OIT, um comitê estudou se a China respeita as práticas trabalhistas globais. A decisão ocorre em meio a denúncias de abusos por motivos étnicos e religiosos na região de Xinjiang, especialmente contra a minoria uigur.
Em suas conclusões, o comitê "criticou o uso de medidas repressivas contra o povo uigur, o que tem consequências para suas oportunidades de trabalho e o tratamento que recebe como minoria étnica e religiosa na China".
O organismo também faz uma série de recomendações a Pequim, incluindo o "fim imediato de práticas discriminatórias contra a população uigur e outros grupos étnicos minoritários, incluindo internação ou prisão por motivos religiosos com o objetivo de desradicalização".
Por fim, pede-se a Pequim que aceite a missão técnica da OIT, à qual se solicita um relatório antes do próximo 1º de setembro.
A China reagiu insatisfeita à decisão da OIT. Seu representante no governo, Qian Xiaoyan, insistiu que os comitês da OIT não deveriam "ser usados como instrumentos políticos por alguns países ocidentais para difamar a China".
GENEBRA