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Estado de Minas WASHINGTON

Suspeitos de assassinato de promotor paraguaio são detidos na Colômbia


03/06/2022 19:45

Todos os suspeitos do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci, morto a tiros em uma praia do Caribe durante sua lua de mel há três semanas, foram detidos e comparecerão ao tribunal, informaram as autoridades colombianas nesta sexta-feira (3).

O presidente da Colômbia, Iván Duque, deu a notícia durante sua visita aos Estados Unidos. Seu homólogo do Paraguai, Mario Abdo Benítez, agradeceu no Twitter o apoio dos organismos colombianos.

Pecci foi assassinado em 10 de maio na ilha de Baru, perto de Cartagena, durante sua lua de mel com a jornalista Claudia Aguilera, com quem se casou em 30 de abril e esperava um filho.

O promotor de 45 anos investigava casos de tráfico e crime organizado. Seu assassinato, cometido por mercenários que dispararam a bordo de jet skis na praia do hotel Decameron, onde o casal estava hospedado, comoveu a sociedade paraguaia.

"Em uma operação conjunta entre a Polícia Nacional da Colômbia, a Procuradoria-Geral da Nação e autoridades paraguaias, capturamos todos os suspeitos, incluindo da autoria material, do assassinato do promotor Marcelo Pecci, promotor do Paraguai", disse Duque em declaração em vídeo.

Da Base Conjunta Andrews, nas redondezas de Washington, o presidente colombiano expressou sua solidariedade à família do promotor e ao povo paraguaio. Também parabenizou a rapidez com que as autoridades agiram "para mostrar ao mundo que ninguém está acima da lei".

"Trata-se de uma operação de inteligência, com trabalho minucioso que nos permitiu chegar a essa estrutura criminosa. E esse criminosos serão postos à disposição de um juiz de controle de garantias", afirmou.

"As provas disponíveis são importantes, robustas", acrescentou, antes de viajar para uma reunião de prefeitos americanos em Reno, Nevada.

- Cinco detidos em Medellín -

"Agradecemos o compromisso dos organismos do Estado colombiano", tuitou por sua parte o presidente paraguaio.

"A investigação sobre a trágica morte do promotor Marcelo Pecci, na qual policiais e promotores de ambos os países trabalham de forma cooperativa buscando justiça, avança com a captura dos suspeitos de sua morte", disse Abdo Benítez.

O procurador-geral da Colômbia, Francisco Barbosa, informou no Twitter sobre cinco prisões ligadas ao caso de Pecci.

"Por meio de dois procedimentos de busca e apreensão realizados pelo órgão técnico de investigação da promotoria e da polícia nacional, foram detidas cinco pessoas na cidade de Medellín por sua suposta participação no homicídio do senhor Marcelo Pecci", afirmou em um vídeo.

Quatro dos detidos são de nacionalidade colombiana e um é venezuelano, segundo relatos da imprensa colombiana.

De Assunção, o ministro do Interior paraguaio, Federico González, disse que os investigadores "estão muito perto de dar o próximo passo", diante da possibilidade de identificar os mandantes do crime.

No entanto, evitou se estender sobre o assunto ao se reunir com seu homólogo colombiano, Daniel Palacios, e o chefe da Policia desse país, Jorge Vargas, na abertura de uma reunião de Ministros do Interior e da Segurança do Mercosul.

Pecci, especialista em crime organizado, narcotráfico, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, havia investigado os grupos criminais de origem brasileira Primeiro Comando Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), além de lavadores de dinheiro libaneses da Tríplice Fronteira com o Brasil e a Argentina.

Também esteve responsável por casos de grande repercussão midiática, como o sequestro e assassinato de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente paraguaio Raúl Cubas (1998-1999), em 2005, e o julgamento de 2020 do jogador de futebol brasileiro aposentado Ronaldinho, preso em Assunção por falsificação de passaporte paraguaio.


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