Desde que abriu suas portas em Ipanema em maio, a "La Putaria" atraiu a cada dia mais clientes curiosos em provar suas delícias temáticas. No entanto, também causou rejeição de alguns vizinhos que recorreram às autoridades.
Esta semana, o órgão de Defesa do Consumidor do Ministério de Justiça determinou que seja suspensa em todo o país a venda a menores de "produtos que reproduzam ou sugiram o formato de genitálias humanas partes do corpo humano com conotação sexual, erótica ou pornográfica".
Além disso, proibiu a exibição dos produtos nas vitrines e determinou a retirada de letreiros com palavras ou desenhos de mesmo teor.
"Isso me surpreende", disse à AFP a brasileira Juliana Lopes, sócia da "La Putaria", que conta que há franquias em Lisboa e Belo Horizonte.
"O que me incomoda na decisão do Ministério não é a proibição de menores, eu concordo. Eu não tenho problema nenhum quanto a isso. O que me entristeceu foi a medida da retirada do nome", acrescentou.
Na quinta-feira, o letreiro estava coberto por tecidos, constatou a AFP.
Dentro da loja, os clientes se divertiam e postavam fotos nas redes sociais, enquanto escolhiam o formato e sabor de seus lanches: um pênis ou uma vulva.
"Eu não concordo (...) é um comércio normal e é uma brincadeira que a gente participa e é superlegal", afirmou Neusa, uma idosa.
O Ministério da Justiça determinou as restrições após um pedido da Associação de Moradores e Amigos de Ipanema (AMAI-Ipanema) e da Câmara do Comércio da cidade do Rio para "regulamentar" a atividade.
A medida também se dirige a outros estabelecimentos com a mesma temática como a Ki Putaria, em Salvador, a Assanhadxs Erotic Food, em São Paulo e La Pirokita, em Maringá (Paraná).
RIO DE JANEIRO