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Estado de Minas NOVA YORK

Mulheres alertam para 'troca de democracia por petróleo' na Venezuela


02/06/2022 18:09

"Não pode haver uma troca da democracia por petróleo", alertaram nesta quinta-feira (2), em Nova York, líderes do opositor Movimento de Mulheres pela Democracia na Venezuela, diante da crise mundial, em particular energética, provocada pela invasão russa da Ucrânia.

No âmbito de uma campanha para "dar visibilidade" à situação na Venezuela, que as levou a vários países europeus e ao Canadá e que encerram nesta sexta em Nova York, onde se reuniram com representantes do sistema das Nações Unidas, o movimento pede à comunidade internacional que "acompanhe o processo de democratização da Venezuela".

"A comunidade internacional tem um foco (...) na situação da Rússia e da Ucrânia", mas não pode aceitar que ocorra uma "troca de democracia por petróleo", disse à AFP Isadora Zubillaga, vice-chanceler do governo paralelo do opositor Juan Guaidó, acompanhada de Cristina Wollmer, diretora da ONG SOS Orinoco, e Mariela Magallanes, deputada e integrante da Plataforma de Unidade Nacional Venezuelana nas negociações de paz na Cidade do México.

Os Estados Unidos anunciaram em meados de maio que flexibilizariam algumas sanções vinculadas ao embargo de petróleo venezuelano, em vigor desde 2019. Em março, uma delegação de alto nível americana viajou a Caracas após a decisão de Washington de proibir a importação de petróleo russo pelo conflito da Ucrânia.

Após o fracasso para destituir Nicolás Maduro da Presidência, com a aposta de parte da comunidade internacional de reconhecer no começo de 2019 Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, este coletivo de mulheres pretende ajudar seu país a sair da crise e construir pontes para que as mulheres tenham uma posição no processo de tomada de decisões.

Diante da opinião de que "há uma recuperação" na Venezuela e que "as pessoas estão contentes", Mariela Magallanes alerta de que a crise "não se resolveu" e insta as mulheres a continuar "impulsionando e gerando mecanismos de confiança" para superá-la.

Neste sentido, o coletivo tem uma abordagem "transversal" que se concentra em temas como meio ambiente ou situação humanitária.

Em um país onde "97%" da população vive em situação de pobreza, as mulheres são as principais vítimas do desemprego e do subemprego, das violações dos direitos humanos, da prostituição e deterioração do meio ambiente, particularmente em áreas indígenas, alertam.


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