"A Gazprom anunciou que interromperá o fornecimento a partir de 31 de maio de 2022", afirmou a GasTerra em nota, destacando que "se antecipou comprando em outros lugares".
Depois da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro, os países ocidentais impuseram uma série de sanções a Moscou. Em consequência, o presidente russo, Vladimir Putin, exigiu que os compradores de gás russo de países "não amigos" pagassem em rublos a partir de contas na Rússia sob risco de ficarem sem fornecimento.
"A GasTerra pediu várias vezes a Gazprom que respeite a estrutura de pagamento e as obrigações de entrega acordadas por contrato, lamentavelmente em vão", explicou a empresa.
"A GasTerra não está de acordo com as exigências de pagamento", acrescentou.
A empresa acredita que há "um risco de violação das sanções elaboradas pela UE" e também "riscos financeiros operacionais".
A decisão do gigante energético russo impede que 2 bilhões de metros cúbicos de gás sejam entregues à Holanda até outubro, declarou a GasTerra.
A GasTerra é propriedade conjunta dos gigantes da energia Shell e Esso, da companhia de gás holandesa EBN e do Estado holandês, que tem uma participação de 10%.
O governo "entende" a decisão da GasTerra de não cumprir com o pedido "unilateral" da Gazprom.
"Esta decisão não tem nenhum impacto no fornecimento físico de gás aos lares holandeses", disse o ministro holandês de Clima e Energia, Rob Jetten, no Twitter.
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