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Estado de Minas KRAMATORSK

Rússia fecha o cerco às cidades de Severodonetsk e Lyssychansk, no Donbass


29/05/2022 09:52

A batalha pelo controle do Donbass, uma região no leste da Ucrânia, continua e as forças russas reforçaram seu cerco neste domingo (29) às cidades de Severodonetsk, atacada implacavelmente, e Lyssychansk.

A situação em Lyssychansk "claramente se agravou", disse o governador da região de Luhansk, Serguii Gaidai, no aplicativo de mensagens Telegram neste domingo.

"Um projétil russo atingiu um prédio residencial, uma menina foi morta e quatro pessoas ficaram feridas no hospital", disse ele.

O sábado também foi um dia difícil na cidade, segundo o responsável, em que 22 edifícios foram danificados pelos ataques. Em Severodonetsk, a situação é igualmente complicada, segundo Gaidai, e o ataque russo continua na cidade, onde há combates nas ruas.

No sábado, mais de três meses após o início da ofensiva lançada por Moscou em 24 de fevereiro, o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz exigiram que o presidente russo Vladimir Putin iniciasse "negociações diretas e sérias" com seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky.

Putin garantiu que a Rússia continua "aberta para retomar o diálogo" com Kiev para resolver o conflito, embora as negociações de paz com a Ucrânia estejam paralisadas desde março, segundo o Kremlin.

- "Bombardeios constantes" -

"A próxima semana será muito difícil", previu Gaidai, acrescentando, no entanto, que as forças russas "não serão capazes de realizar tudo o que planejam".

Por sua vez, o prefeito de Severodonetsk, Olexander Stryuk, assegurou que "os russos usaram muitos meios para tomar a cidade mas não conseguiram (...) Pensamos que a cidade vai resistir".

Os "bombardeios constantes" dificultam muito o abastecimento, especialmente de água potável, e a cidade está sem eletricidade há mais de duas semanas, disse o funcionário via Telegram.

Em comunicado publicado neste domingo, o Ministério da Defesa da Rússia garantiu que o exército destruiu "com precisão e mísseis de longo alcance um importante arsenal das forças ucranianas" na região de Dnipropetrovsk (sudeste).

Esses mísseis também atingiram um sistema de defesa antiaérea ucraniano na região de Donetsk, uma estação de radar em Kharkiv e cinco depósitos de munição perto de Severodonetsk nas últimas 24 horas, segundo as mesmas fontes.

Lyssychansk e Severodonetsk são cidades-chave que as forças russas e os separatistas ucranianos pró-Rússia querem cercar como parte de sua estratégia para controlar toda a bacia de mineração do Donbass.

- "Muito, muito difícil" -

Mais ao oeste, no sábado, o Ministério da Defesa russo confirmou a apreensão da cidade-chave de Lyman, abrindo caminho para as cidades de Sloviansk e Kramatorsk, no Donbass.

O comandante das forças armadas russas do distrito central, general Alexandre Lapine, felicitou-se no domingo pela "coragem e heroísmo" dos soldados russos que participaram na tomada de Lyman.

No domingo, o exército ucraniano também informou que as tropas russas estavam se reagrupando massivamente nesta área.

Até Zelensky reconheceu que "a situação nesta região do Donbass (era) muito, muito difícil", com bombardeios pesados de artilharia e mísseis. No entanto, ele assegurou que "se os ocupantes acreditam que Lyman e Severodonetsk são deles, estão errados".

Após a ofensiva malsucedida em Kiev e Kharkiv (nordeste) no início da guerra, as forças russas se concentraram no leste da Ucrânia com o objetivo de tomar Donbass, parcialmente controlado desde 2014 por separatistas pró-russos apoiados por Moscou.

- Exportar cereais "sem obstáculos" -

Desde o início da guerra, a Ucrânia, grande potência agrícola, não consegue exportar seus grãos devido ao bloqueio de seus portos. Em sua conversa com Macron e Scholz, Putin disse que seu país está "pronto" para ajudar uma exportação "sem obstáculos" de grãos ucranianos.

"A Rússia está pronta para ajudar a encontrar opções de exportação de grãos sem obstáculos, incluindo grãos ucranianos, dos portos do Mar Negro", segundo um comunicado do Kremlin.

Segundo Putin, as dificuldades com o abastecimento de alimentos foram causadas por "políticas econômicas e financeiras equivocadas dos países ocidentais, bem como por sanções anti-russas".

Durante a ligação com os dois líderes, Putin também considerou "perigoso continuar inundando a Ucrânia com armas ocidentais" e alertou para o risco de uma futura "desestabilização", segundo o Kremlin.

Ao mesmo tempo, a mídia dos EUA informou que Washington está se preparando para fornecer vários sistemas de foguetes de lançamento (MLRS), algo que a Ucrânia reivindicou para combater o poder militar russo.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, não confirmou o envio da M270 MLRS, uma arma muito móvel, capaz de disparar até 300km de distância, mencionada pela imprensa.

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