O evento mais dramático ocorreu no início da manhã, quando 19 pessoas morreram em um "grande deslizamento de terra" na comunidade de Monteverde, na divisa entre Recife e o município de Olinda.
Outras seis pessoas perderam a vida em outro deslizamento de terra no município de Camaragibe.
O último balanço cita 33 mortos "no estado" desde que as chuvas começaram a assolar a região na noite de terça para quarta-feira.
Dos cinco restantes, quatro estavam em Olinda, três soterrados por deslizamentos de terra e um após cair em um canal. O outro morreu no município de Jaboatão dos Guararapes, arrastado pela correnteza. O balanço não especifica as datas das mortes.
Segundo a imprensa local, há mais três mortos, informação não confirmada pelas autoridades, que não divulgaram o número de desaparecidos.
As chuvas intensas também deixaram quase mil pessoas desalojadas de suas casas, devido a enchentes e deslizamentos de terra.
Vídeos postados nas redes sociais mostram amplas avenidas alagadas em vários municípios, casas desabando e morros caindo.
Entre a noite de sexta e a manhã de sábado, o volume de chuva chegou a 236 milímetros em alguns pontos da capital pernambucana, segundo a prefeitura. Isso equivale a mais de 70% da previsão para todo o mês de maio na cidade.
O governador Paulo Câmara "solicitou o apoio do Comando Militar do Nordeste com efetivo, embarcações e aeronaves para o serviço de busca e salvamento", afirmou a nota da Defesa Civil.
"Mobilizamos todo o efetivo do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil Estadual, da Polícia Militar e da Assistência Social para o suporte aos municípios no atendimento às vítimas das chuvas", afirmou Câmara no texto.
De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a situação pode piorar já que as chuvas continuarão nas próximas 24 horas no estado.
As imagens deste sábado lembram a tragédia ocorrida em Petrópolis, onde 233 pessoas morreram em fevereiro devido a chuvas torrenciais e deslizamentos de terra.
BRASÍLIA