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Estado de Minas BOGOTÁ

Candidatos à presidência da Colômbia retomariam negociações com ELN


26/05/2022 22:47

Às vésperas das eleições presidenciais deste domingo na Colômbia, os principais candidatos voltaram a colocar a paz no centro do debate, desta vez se comprometendo a retomar as negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN), último grupo guerrilheiro reconhecido no país, em expansão após o último fracasso das conversas.

"Devemos retomar o caminho trilhado, cumprir os acordos assinados pelo Estado", propôs o esquerdista Gustavo Petro, que lidera as pesquisas, durante um encontro entre candidatos à presidência organizado pelo conglomerado de mídia Prisa Media.

Sem fechar as portas para as negociações, Federico Gutiérrez, segundo colocado nas intenções de voto, condicionou qualquer negociação à que o ELN aceite "um cessar-fogo unilateral indefinido, abandone o narcotráfico, a extorsão e deixe de assassinar policiais e soldados".

A organização armada decretou um cessar-fogo para proporcionar "tranquilidade" nos dias anteriores às eleições deste 29 de maio. "Se mostrarem essa vontade de paz, quando eu conquistar a presidência iremos nos sentar para definir os termos", antecipou Gutiérrez, candidato por uma coalizão de forças ligada ao governismo.

Na época da negociação mais recente, o ELN contava com cerca de 1.800 combatentes, número que hoje chega a 2.500, segundo cifras oficiais, e alimenta uma extensa rede de apoio em pontos urbanos, principalmente na fronteira com a Venezuela e o Pacífico.

Petro, Gutiérrez e Fajardo validam o acordo que desarmou a poderosa guerrilha das Farc em 2017, mas se distanciam sobre como enfrentar o narcotráfico, que aumenta a violência no país com organizações como o Clã do Golfo e as dissidências que se afastaram do pacto histórico.

O empresário Rodolfo Hernández, ausente dos debates por decisão de sua campanha e que disputa com Gutiérrez uma vaga no segundo turno, propõe incluir o ELN diretamente nos acordos das Farc, sem que medie uma negociação. Sua filha adotiva foi sequestrada em 2004 pelo ELN e está desaparecida desde então.

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