"Espero que o FOMC (Comitê de Política Monetária) aja rapidamente para que as taxas de referência voltem a níveis mais normais este ano", ou seja, em torno de 2%-2,50% frente a 0,75%-1,00% hoje, afirmou Williams em uma conferência do Bundesbank e da Associação Nacional de Economia Empresarial (NABE) na Alemanha.
O Banco Central americano elevou as taxas em 0,25 ponto percentual em meados de março e em mais meio ponto em 4 de maio, seu maior aumento desde 2000.
O FOMC estimou que outro aumento de meio ponto percentual estaria "na mesa nas próximas duas reuniões" de 14 a 15 de junho e 26 a 27 de julho.
Membro com direito a voto no comitê, Williams espera que o índice de inflação PCE (pelo qual o Fed se guia) subjacente (excluindo-se alimentos e energia) para 2022 seja de 4%.
Em março, o índice PCE subjacente foi de 5,2% internanual, devido à disparada de preços após a pandemia e depois da invasão russa da Ucrânia, e de 6,6%, se todos os preços forem considerados.
Em 2023, o índice PCE deve "cair para em torno de 2,5%", antecipou Williams, e depois "se desacelerar ainda mais para voltar a se aproximar da nossa meta de longo prazo de 2% em 2024".
Segundo o titular da sucursal de Nova York, o Fed dispõe "das ferramentas adequadas para alcançar (seus) objetivos".
"Na verdade, temos uma vantagem em relação aos episódios inflacionários anteriores: nossas ferramentas de política monetária são especialmente potentes nos mesmos setores, nos quais observamos maiores desequilíbrios e sinais de superaquecimento, como os bens duráveis e a habitação", completou.
O outro indicador da inflação, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC, ou CPI, na sigla em inglês), referência para cálculo de aposentadorias, apresentou uma alta de preços de 8,5% em 12 meses até março, a maior já registrada desde dezembro de 1981. O percentual de abril será divulgado na quarta-feira (11).
WASHINGTON