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Estado de Minas KIEV

Presidente da Câmara dos EUA expressa solidariedade inequívoca durante visita surpresa a Kiev


01/05/2022 09:30

A presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, expressou a solidariedade "inequívoca" do país com a Ucrânia, durante uma visita surpresa a Kiev, onde se reuniu com o presidente Volodymyr Zelensky.

"O governo dos Estados Unidos é um líder no sólido apoio à Ucrânia na luta contra a agressão russa", tuitou o presidente ucraniano em uma mensagem que inclui um vídeo que o mostra, ao lado de guardas armados, no momento em que recebeu Pelosi e uma delegação do Congresso na entrada da sede da presidência em Kiev, e depois em uma reunião com os americanos.

Em um comunicado, a delegação americana, que também viajará ao sudeste da Polônia e a Varsóvia, afirmou que a visita a Kiev pretende "enviar uma mensagem inequívoca e veemente ao mundo: Estados Unidos estão com a Ucrânia".

Zelensky celebrou os "sinais muito importantes" apresentados pelos Estados Unidos e o presidente Joe Biden, incluindo um programa para a Ucrânia, similar ao criado durante a Segunda Guerra Mundial, para fornecer aos países aliados material de guerra sem uma intervenção direta no conflito.

A visita acontece uma semana depois da viagem a Kiev do chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, e do secretário de Defesa, Lloyd Austin.

Durante a visita, os dois anunciaram o retorno progressivo da presença diplomática de Washington em Kiev e uma ajuda adiciona, direta e indireta, de mais de 700 milhões de dólares.

- Primeiras operações de retirada de Azovstal -

No porto ucraniano de Mariupol, sudeste da Ucrânia, quase totalmente destruído após semanas de cerco, os primeiros grupos de civis conseguiram deixar a localidade.

O ministério da Defesa da Rússia afirmou, em um comunicado divulgado no Telegram, que no sábado, "após a instauração do cessar-fogo e da abertura de um corredor humanitário, dois grupos de civis saíram dos edifícios anexos ao terreno da fábrica metalúrgica de Azovstal".

No sábado, militares ucranianos que protegiam a siderúrgica de Azovstal, último reduto da resistência na cidade controlada pela Rússia, informaram que 20 civis, incluindo crianças, foram retirados e provavelmente seguiriam para Zaporizhzhia, um território controlado pelas forças de Kiev a 225 km de distância.

As condições de vida na rede de túneis sob a siderúrgica, onde analistas acreditam que centenas de civis permanecem ao lado de combatentes ucranianos, foram descritas como brutais. Os esforços anteriores para a retirada de civis haviam fracassado.

Imagens de satélite da empresa americana Maxar, registradas na sexta-feira, mostram a devastação em Mariupol, com Azovstal praticamente destruída.

A conquista total de Mariupol permitiria a Moscou unir os territórios conquistados no sul, em particular a península da Crimeia, anexada em 2014, com as repúblicas separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk ao leste.

- "Aumentar a pressão" -

E é justamente no flanco leste que o exército russo, numericamente superior ao adversário ucraniano e com melhores equipamentos de artilharia, busca o controle, do norte e do sul, para completar seu domínio sobre o Donbass.

Zelensky alertou no sábado que os russos "acumularam reforços na região de Kharkiv, tentando aumentar a pressão no Donbass"

Esta é a segunda fase do que a Rússia chama de "operação militar especial" iniciada em 24 de fevereiro por ordem do presidente Vladimir Putin, após a retirada das tropas de Moscou do norte da Ucrânia e da região de Kiev.

Um comandante militar ucraniano relatou ao chefe do Estado-Maior conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley, sobre a "situação difícil no leste, particularmente nas áreas de Izium e Sieverodonetsk, onde o inimigo concentrou esforços máximos".

Kharkiv foi cenário de muitos bombardeios no sábado.

Mas as forças ucranianas também reconquistaram territórios nos últimos dias, em particular ao redor da cidade de Kharkiv.

Uma das áreas recuperadas foi o vilarejo de Ruska Lozova, que de acordo com os moradores permaneceu sob ocupação por dois meses.

- Apoio adicional -

O apoio do Ocidente é uma questão importante, com o governo dos Estados Unidos à frente: esta semana o presidente Joe Biden pediu ao Congresso a liberação de bilhões de dólares para ajudar a Ucrânia.

"Um apoio adicional americano está a caminho", destacaram os congressistas de Washington que visitaram Kiev. Também afirmaram que "transformarão a forte demanda de financiamento do presidente (Joe) Biden em um pacote legislativo".

França e Reino Unido anunciaram no sábado um reforço no apoio militar e humanitário para a Ucrânia.

Milhares de pessoas morreram e milhões foram obrigadas a fugir de suas casas desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, uma ex-república soviética que busca atualmente reforçar a aliança com os países ocidentais.

No sábado, as autoridades ucranianas anunciaram a descoberta de três corpos com marcas de tortura perto de Bucha, uma localidade que permaneceu ocupada durante semanas pelas tropas russas.

Promotores ucranianos dizem ter identificado mais de 8.000 crimes de guerra desde o início da invasão e investigam 10 soldados russos por suposto envolvimento nas atrocidades de Bucha.

A Rússia nega seu envolvimento nos massacres e afirma que as cenas de corpos nas ruas são uma encenação orquestrada pelo governo ucraniano.


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