"Esta ação faz parte de uma abordagem europeia. Nossa principal responsabilidade é garantir a segurança dos franceses e dos europeus", disse a chancelaria em um comunicado.
A breve nota oficial não especifica o número de diplomatas afetados, mas, segundo uma fonte próxima ao ministério das Relações Exteriores, serão 35.
A França segue os passos da Alemanha, cuja ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, anunciou nesta segunda-feira a expulsão de um "alto número de diplomatas" russos. Segundo informações da AFP, seriam 40.
Essas decisões foram tomadas após anúncios semelhantes nos últimos dias de vários países europeus. A Lituânia expulsou o embaixador russo pelo "massacre horrível de Bucha".
A pressão internacional sobre Moscou se intensificou após a descoberta de vários corpos supostamente de civis na região de Kiev, especialmente em Bucha.
A mobilização russa nessa região deixou 410 mortos, segundo a Procuradoria-Geral da Ucrânia. Moscou nega ter matado civis em Bucha e considera as imagens uma montagem promovida por Kiev.
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, anunciou que está analisando novas sanções contra a Rússia por esses fatos, os quais o presidente ucraniano Volodimir Zelensky classificou como "genocídio".
A invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, representa o pior conflito em décadas na Europa e deixa 20.000 mortos, segundo dados ucranianos.
A guerra na Ucrânia também ofuscou a eleição presidencial na França, em 10 e 24 de abril, e impulsionou o empenho internacional do presidente e candidato à reeleição Emmanuel Macron, que tenta mediar entre Kiev e Moscou.
PARIS