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Estado de Minas SANTIAGO

Novos distúrbios com estudantes bloqueiam centro de Santiago do Chile


29/03/2022 17:17

Um novo protesto estudantil levou a tumultos e bloqueios nas ruas de Santiago nesta terça-feira (29), apenas 18 dias após a posse do presidente de esquerda Gabriel Boric.

Grupos de universitários e encapuzados protagonizaram distúrbios nas imediações do palácio presidencial La Moneda, após uma convocação para comemorar o "Dia do Jovem Combatente", em memória de dois irmãos assassinados em 1985 por agentes da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Todos os anos nesta data há incidentes noturnos em bairros da periferia de Santiago, com barricadas e confrontos com a polícia.

Desde a manhã desta terça, a avenida Alameda, principal artéria do centro de Santiago, está fechada após confrontos esporádicos entre estudantes, encapuzados e agentes das forças especiais.

A manifestação voltou a paralisar uma parte da capital chilena, quatro dias depois de outra passeata estudantil, que exigia o aumento da quantia destinada pelo Estado para sua alimentação e resultou em um jovem baleado por um policial, que usou sua arma após ser atacado por manifestantes.

Um veículo com oficiais da Força Aérea do Chile também foi atacado com pedras e paus.

Os distúrbios, com expressões de violência e destruição em espaços públicos, ofuscaram as primeiras semanas do governo de Boric, que há uma década liderou protestos de estudantes a favor de educação pública, gratuita e de qualidade.

Agora, o governo Boric enfrenta a difícil equação de manter o direito às manifestações enquanto resguarda a ordem pública.

"Continuaremos trabalhando para que os cidadãos possam viver suas vidas com tranquilidade; faremos isso por meio do diálogo (...), mas também buscando modernizar nossas polícias e tornar seu trabalho mais eficiente", disse nesta terça a ministra do Interior e Segurança, Izkia Siches.

A polícia chilena enfrenta várias denúncias por violações de direitos humanos cometidas durante os protestos em massa que se seguiram à explosão social de 18 de outubro de 2019.

No entanto, as declarações dos principais porta-vozes do novo governo suscitaram críticas de vários setores por considerá-los pouco cautelosos em relação às forças de segurança, em um momento de desgaste dos cidadãos diante dos frequentes distúrbios das sextas-feiras, com a destruição de pontos de ônibus, bloqueios de ruas e estações de metrô e danos ao comércio.

"Não vamos tolerar ataques violentos, seja a tentativa de incendiar um estabelecimento comercial ou, mais grave, agressões a nossos funcionários dos Carabineros", acrescentou Siches.


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