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Estado de Minas JIDÁ

Arábia Saudita é sacudida por novos ataques de rebeldes iemenitas


25/03/2022 20:24

Os rebeldes houthis iemenitas reivindicaram, nesta sexta-feira (25), em um comunicado, uma série de ataques na Arábia Saudita, que provocaram um enorme incêndio da petroleira Aramco na cidade de Jidá, perto do circuito de Fórmula 1 que abriga o Grande Prêmio.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita, que combate os rebeldes houthis apoiados pelo Irã, apoiados pelo Irã, confirmou o ataque, ocorrido na véspera do sétimo aniversário de sua intervenção militar na brutal guerra civil no Iêmen.

Em um comunicado, a coalizão informou que o fogo provocado pelo ataque "foi controlado e não causou vítimas", destacou seu porta-voz, Turki al Maliki.

Também afirmou que o ataque, que tinha como alvo "tanques de produtos derivados do petróleo" da Aramco, "não terá impacto nas atividades na cidade de Jidá", referindo-se ao circuito de Fórmula 1.

Fumaça podia ser vista perto da pista de F1 de Jidá, onde vários pilotos participavam dos treinos livres desta sexta.

O organizador do campeonato de Fórmula 1 informou que a corrida continuaria "tal como estava prevista".

"A Fórmula 1 está em contato estreito com as autoridades competentes a propósito da situação atual. As autoridades confirmaram que o evento pode continuar conforme o previsto e continuaremos em contato estreito com elas e as escuderias, seguindo de perto a situação", indicou em um comunicado.

- "Inaceitáveis" -

Os Estados Unidos qualificaram como "inaceitáveis" os ataques, realizados com mísseis e drones, das cidades de Saná, capital do Iêmen nas mãos dos insurgentes, e Hodeida, também na área rebelde.

"Continuamos trabalhando com nossos parceiros sauditas para fortalecer seus sistemas de defesa enquanto trabalhamos para uma solução duradoura do conflito" no Iêmen, informou a porta-voz do Departamento de Estado, Jalina Porter.

"Estes ataques, que ameaçam a segurança da Arábia Saudita e a estabilidade da região, devem cessar de imediato", acrescentou a porta-voz da diplomacia francesa, Anne-Claire Legendre, ao destacar "a gravidade da ameaça (relacionada com a) proliferação de drones e mísseis".

Ao apontar para as instalações petroleiras, os houthis estão tentando "tocar o nervo da economia global", disse al Maliki.

Os rebeldes houthis reivindicaram um total de 16 ataques contra vários alvos, inclusive uma estação elétrica em Jizan, na fronteira com o Iêmen, que foi incendiada.

Os ataques ocorrem em um contexto de preços do petróleo em alta desde 24 de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia e o abastecimento mundial começou a ser interrompido à medida que a Rússia é afetada pelas sanções ocidentais.

Nesta sexta, os preços do petróleo, em queda na maior parte do dia, fecharam em alta depois de quando os rebeldes iemenitas reivindicaram a autoria de uma série de ataques em Jidá.

A Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo, alertou na segunda-feira sobre o risco de uma queda em sua produção após vários ataques ocorridos dias antes e reivindicados pelos houthis.

Um deles teve como alvo uma refinaria da Aramco na cidade industrial de Yanbu no Mar Vermelho, cerca de 100 quilômetros ao norte de Jidá, obrigando a empresa a reduzir "temporariamente" a produção e recorrer ao estoque para compensar.

O Ministério das Relações Exteriores saudita voltou a acusar o Irã de "continuar fornecendo drones e mísseis" aos houthis e pediu à comunidade internacional que busque soluções.

"A Arábia Saudita não assumirá a responsabilidade pela escassez da oferta de petróleo nos mercados mundiais devido aos ataques a suas instalações", disse na segunda-feira o Ministério das Relações Exteriores saudita.

Os países ocidentais têm pressionado desde o começo da crise da Ucrânia à Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderada pela Arábia Saudita, para aumentar sua produção.

Mas a monarquia do Golfo se manteve surda a estes apelos, fiel a seus compromissos com o cartel, que inclui a Rússia, o segundo maior exportador de petróleo do mundo.

O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que reúne seis petromonarquias árabes e é dominado pela Arábia Saudita, informou em meados de março que estava disposto a organizar diálogos de paz com os houthis, mas estes últimos se negaram a participar caso se realizassem em Riade.

A coalizão assegurou nesta sexta que estava "mostrando moderação" para dar uma oportunidade às conversações de paz.


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