O ex-assessor de comércio Peter Navarro e o ex-vice-chefe de gabinete Dan Scavino foram convocados a comparecer diante do painel do Congresso que investiga a insurreição de 6 de janeiro, mas não apareceram, apontaram os investigadores.
O comitê, liderado por um congressista democrata com um adjunto republicano, informou que se reuniu na segunda-feira para avaliar uma recomendação de que a câmara baixa cite a dupla por desacato ao Congresso.
A decisão é vista como uma formalidade, pois o comitê está unido em seu objetivo de fazer cumprir as intimações e já atuou anteriormente com recomendações para citar os altos assessores do ex-presidente Mark Meadows e Steve Bannon, assim como Jeffrey Clark, ex-funcionário do Departamento de Justiça.
A Câmara, controlada pelos democratas, votaria pouco depois para encaminhar Navarro e Scavino ao Departamento de Justiça para que estude a possibilidade de apresentar acusações. Se condenados, eles provavelmente passariam vários meses na prisão.
Milhares de apoiadores de Trump, muitos deles ligados a grupos ultranacionalistas e de supremacia branca, invadiram o Capitólio no ano passado, na tentativa de impedir a certificação da vitória eleitoral do presidente Joe Biden.
Eles haviam sido incitados por Trump, cujo incendiado discurso naquele dia, que alegava falsamente uma fraude eleitoral, foi a culminação de meses de afirmações infundadas sobre uma disputa que perdeu de forma limpa contra Biden.
Scavino era responsável pelas redes sociais do ex-presidente e ambos estavam juntos na Casa Branca quando a multidão começou o ataque, de acordo com o comitê.
Já Navarro, que emitiu um comunicado indicando que não atenderia à convocação, gabou-se de seu papel na organização dos esforços da campanha de Trump para anular o resultado das eleições.
Espera-se que o painel comece a concluir a investigação nas próximas semanas, enquanto se prepara para expor suas conclusões em audiências públicas, previstas para maio.
Os encaminhamentos para Bannon e Meadows foram aprovados pelo plenário da Câmara, mas o Departamento de Justiça até agora só avançou no processo de Bannon, que agora luta contra as acusações dos tribunais.
NAVARRO
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WASHINGTON
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