O Senado argentino aprovou em definitivo na quinta-feira o acordo entre Buenos Aires e o FMI sobre o refinanciamento da dívida de 45 bilhões de dólares com o Fundo. O acordo ainda precisa ser assinado pela junta de governadores do FMI.
"A aprovação legislativa é um sinal importante de que a Argentina está comprometida com políticas que promovam um crescimento mais sustentável e inclusivo", afirmou o porta-voz do FMI, Gerry Rice, em comunicado.
Mas ele também enfatizou que é necessário "levar em conta o ambiente global em constante mudança, incluindo a guerra na Ucrânia".
Portanto, o conselho que administra o FMI se reunirá "para discutir a solicitação da Argentina de um programa apoiado pelo FMI na sexta-feira, 25 de março", acrescentou.
Além disso, indicou que as autoridades argentinas "informaram ao FMI que combinarão as obrigações de reembolso com vencimento em 21 e 22 de março em uma única amortização antes de 31 de março de 2022, por um valor total equivalente a cerca de 2 bilhões de direitos especiais de giro".
O porta-voz destacou que a Argentina ficará assim "em dia com os seus pagamentos ao FMI e, portanto, não incorrerá em atraso".
A Argentina e o FMI chegaram a um acordo em 3 de março sobre um programa de refinanciamento da dívida de quase 45 bilhões de dólares, herança de um empréstimo recorde obtido em 2018 pelo governo anterior, do liberal Mauricio Macri.
Este é o 13º acordo entre o Fundo e a Argentina desde o retorno do país à democracia em 1983. Antes deste último pacto, a Argentina corria risco de ficar inadimplente.
WASHINGTON