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Estado de Minas CARACAS

Líder da oposição na Venezuela pede que petrolíferas não 'troquem um ditador por outro'


17/03/2022 17:42

O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, pediu nesta quinta-feira (17) às multinacionais petroleiras que não "troquem um ditador por outro", depois que os Estados Unidos impuseram um embargo ao petróleo e gás russos devido à invasão da Ucrânia.

"As empresas que estão saindo hoje (da Rússia) por causa de um ditador, não vão trocar um ditador por outro", disse Guaidó em coletiva de imprensa em Caracas, na qual garantiu que tanto o petróleo russo quanto "o de Maduro" estavam "manchados de sangue". "Não esperaria que nenhuma empresa trocasse um ditador por outro", insistiu.

Uma delegação de altos funcionários da Casa Branca viajou a Caracas nos dias 5 e 6 de março para uma reunião surpresa com Maduro, na qual a questão energética foi abordada, segundo relatos de ambos os governos.

Após a medida contra a Rússia, os Estados Unidos buscam outras fontes de abastecimento, embora sobre Caracas pese também um embargo de petróleo desde 2019, em meio a uma bateria de sanções que busca a queda de Maduro.

Washington não reconhece o mandato do líder chavista após considerar sua reeleição de 2018 fraudulenta. Em vez disso, apoia Guaidó como presidente interino do país.

A imprensa estima que o encontro em Caracas abre as portas para o retorno das companhias petrolíferas ocidentais à Venezuela, particularmente a americana Chevron, com a qual a estatal venezuelana PDVSA tem uma dívida de um milhão de dólares e também precisa de sua colaboração.

"A suspensão das sanções deve estar condicionada a um acordo e a passos irreversíveis para alcançar a democracia na Venezuela, como a data da eleição presidencial", prevista para 2024, assim como "o equilíbrio e a autonomia dos poderes autônomos", reiterou Guaidó nesta quinta.

Ele também afirmou ser a favor de uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia. "Até quando vamos tolerar as ações impunes dos ditadores?", protestou. Disse, porém, entender que é "obviamente muito mais complexo (fazer isso) para os países da Otan" ou "países europeus" devido ao risco de uma "escalada bélica".


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