(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PARIS

Imagens de cidades ucranianas destruídas recordam Aleppo e Grozny


06/03/2022 10:19

As imagens de destruição e de civis bloqueados em meio aos combates nas cidades ucranianas de Kharkiv, Chernihiv ou Mariupol - cercadas e sob bombardeios russos - recordam os cercos violentos contra Grozny na Chechênia ou Aleppo na Síria, reduzidas a cinzas por ataques de Moscou.

- Aleppo -

Aleppo - um reduto rebelde durante a guerra na Síria - sofreu uma ofensiva e um cerco tenaz do exército sírio, apoiado pela aviação russa, que conseguiu retomar a cidade em 22 de dezembro de 2016 após a operação iniciada em julho.

A cidade, que já foi a capital econômica da Síria, estava dividida em duas desde 2012: os bairros do leste ficaram sob controle dos insurgentes e a maior parte do oeste permaneceu com as tropas do regime do presidente Bashar al Assad.

Em 22 de setembro, o governo da Síria, aliado da Rússia, iniciou uma grande ofensiva que ficou ainda mais intensa em novembro.

Os bairros rebeldes sofreram bombardeios violentos com barris de explosivos, obuses e foguetes.

Em 22 de dezembro, o regime de Assad anunciou a retomada do controle de Aleppo, após a saída do último comboio com dezenas de milhares de moradores e insurgentes que seguiram para áreas mais ao norte que ainda estavam nas mãos dos rebeldes.

A batalha de Aleppo deixou mais de 1.800 mortos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), ONG com sede no Reino Unido que tem várias fontes na Síria e calcula que 5.000 pessoas ficaram feridas.

Uma investigação da ONU apontou em 2017 o papel das forças aliadas do regime sírio que atuaram na batalha com uma "violência implacável", destacando em especial o papel da Rússia.

- Grozny -

Grozny, a capital da Chechênia, uma pequena república do Cáucaso russo, onde os rebeldes separatistas iniciaram duas guerras contra Moscou, foi arrasada entre o fim de 1999 e o início de 2000 pela artilharia e os bombardeios aéreos russos.

A ofensiva contra a Chechênia foi uma decisão do então primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, o que contribuiu para tornar este ex-oficial do serviço de inteligência soviético (KGB) no sucessor de Boris Yelsin, após a surpreendente renúncia do presidente em 31 de dezembro de 1999.

A razão da ofensiva anunciada pelo governo russo era sufocar a insurgência dos grupos islamitas que haviam executado dois ataques contra a região vizinhado Daguestão, mas a operação se transformou rapidamente em uma guerra para reconquistar a república separatista, com a tomada de Grozny como principal objetivo.

Em 6 de dezembro, os russos deram prazo de alguns dias para que os civis abandonassem Grozny antes de iniciar um ataque e instaurar "corredores" para a saída dos moradores.

No início de janeiro de 2000, as tropas russas tomaram o controle da estação de Grozny, que estava cercada, em um momento de intensificação dos ataques noturnos dos combatentes chechenos com lança-granadas contra os russos.

Em 6 de janeiro, Putin - que havia assumido como presidente interino - anunciou a "libertação" de Grozny após várias semanas de bombardeios e combates violentos.

A ONG americana Human Rights Watch e a organização russa de defesa dos direitos humanos Memorial calculam que quase 10.000 civis morreram durante o cerco. Muitos ativistas denunciaram abusos das tropas russas.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)