Dezenas de caminhões despediram-se em uma longa caravana que percorreu várias ruas da cidade de Antofagasta do caminhoneiro que morreu na quinta-feira após um suposto confronto com estrangeiros que caminhavam por uma estrada e atiraram pedras contra seu caminhão. Três venezuelanos foram presos por esse incidente.
Alguns caminhoneiros de Antofagasta estenderam o bloqueio nesta segunda-feira porque "queriam esperar até o funeral, até a cerimônia", explicou o ministro do Interior, Rodrigo Delgado. Outros 17 sindicatos de caminhoneiros concordaram no sábado em levantar os bloqueios, depois que o governo se comprometeu a decretar estado de exceção para enviar militares e ajuda a áreas fronteiriças de quatro províncias das regiões de Antofagasta e Arica.
Por essa região do altiplano, desde 2020 epicentro de uma crise migratória sem precedentes no Chile, entram diariamente de forma clandestina milhares de pessoas, a maioria de nacionalidade venezuelana. O novo incidente aumentou a tensão que existe há meses nas grandes cidades do norte do Chile, fronteira com o Peru, que sofrem com problemas de segurança e a deterioração de seus espaços públicos desde a chegada descontrolada de imigrantes sem documentos.
SANTIAGO