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Estado de Minas WASHINGTON

Pai de vítima de Parkland sobe em guindaste e pede a Biden para conter as armas


14/02/2022 16:03

O pai de um estudante que levou um tiro fatal em 2018 em Parkland, um dos ataques a tiros mais letais que chocaram os Estados Unidos, subiu nesta segunda-feira (14) no alto de um guindaste perto da Casa Branca para exigir que o presidente Joe Biden aja contra os tiroteios.

"Quarenta e cinco mil pessoas morreram por armas de fogo desde que o senhor assumiu a responsabilidade" pelo país, dizia uma grande faixa que Manuel Oliver pendurou em um guindaste no centro da capital americana, com uma imagem de seu filho, Joaquín, morto há apenas quatro anos.

Em 14 de fevereiro de 2018, Dia de São Valentim, um ex-aluno de ensino médio, Marjory Stoneman Douglas, de Parkland, Flórida, entrou no prédio com um fuzil semiautomático e acabou com a vida de 17 pessoas, ferindo outras 15, no que foi um dos piores massacres em escolas nos Estados Unidos.

Joaquín, um jovem de 17 anos nascido na Venezuela e levado aos Estados Unidos com apenas três, foi uma das vítimas fatais.

A dor da perda "está aonde quer que você vá", disse à AFP Patricia Oliver, sua mãe, aos pés do guindaste.

Mas "faz você sentir que tem que fazer alguma coisa" contra as armas de fogo, prosseguiu, enquanto seu marido começava a descer. Ao chegar no chão, ele foi detido pela polícia.

"Mostramos isto ao presidente porque precisamos que tome medidas", acrescentou Patricia. "Precisamos de mais medidas que realmente funcionem".

Em dezembro, o casal passou três semanas em frente à Casa Branca para conseguir uma audiência com Joe Bien; finalmente conseguiram se reunir apenas com um assessor, "mas desde então nada aconteceu".

A intervenção desta segunda-feira faz parte do lançamento, em Washington, do "Shock Market" um rastreador que "mostra em tempo real quantas pessoas estão morrendo nos Estados Unidos por causa da violência com armas", continuou Patricia Oliver.

"O presidente Biden não tem estado à altura das reformas das armas de fogo que prometeu durante sua campanha", denuncia o "Shock Market" em seu site na internet.

A Casa Branca publicou nesta segunda-feira um comunicado no qual Joe Biden "reza" pelas vítimas e suas famílias em lembrança ao dia do massacre.

"Lembramos os falecidos em Parkland e apoiamos os americanos em todos os cantos do país que perderam entes queridos para a violência armada", una "pandemia", acrescentou o comunicado.

O ataque de Parkland originou um movimento de protesto antiarmas nos Estados Unidos, liderado por jovens e inédito em sua magnitude, mas que não se traduziu em medidas contundentes em nível legislativo federal, especialmente pela influência do poderoso lobby das armas no Congresso.


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