A recuperação se deve, em particular, à forte alta de 2,9% mensal em dezembro, devido a um forte aumento na produção de veículos (+12,2%).
A indústria tinha sofrido duas quedas consecutivas, de -1,1% em 2019 e -4,5% em 2020, no auge da crise sanitária provocada pelo coronavírus.
Segundo o IBGE, a produção de bens manufaturados permanece 0,9% abaixo do nível de fevereiro de 2020, antes de os efeitos da pandemia serem sentidos, e 17,7% abaixo do recorde, que data de maio de 2011.
Os setores que tiveram maior crescimento em 2021 foram a produção de máquinas (+24,1%), veículos (+20,3%) e metalurgia (+15,4%).
A melhora em dezembro ocorre após cinco meses consecutivos de queda entre junho e outubro e uma estagnação em novembro.
"O forte aumento na produção de veículos levou a um aumento muito mais forte do que o esperado na produção industrial em dezembro, o que significa que a economia pode ter saído da recessão no quarto trimestre", disse William Jackson, especialista em mercados emergentes da consultoria Capital Economics.
O Brasil entrou em recessão no terceiro trimestre de 2021, com uma contração do PIB de -0,1%, depois de uma queda de -0,4% no trimestre anterior.
Para este ano, o mercado espera que a maior economia da América Latina registre crescimento de apenas 0,30%, segundo o boletim Focus do Banco Central.
A taxa de desemprego voltou ao nível anterior da pandemia (11,6%), mas o país ainda tem mais de 12 milhões de desempregados.
RIO DE JANEIRO