(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas HAVANA

Dezenas de manifestantes do 11J são julgados por'sedição' esta semana em Cuba


31/01/2022 18:00

Pelo menos 33 pessoas que participaram das manifestações de 11 de julho em Cuba serão julgadas nesta semana pelo crime de "sedição" em um tribunal em Havana, incluindo seis menores de 18 anos, informou nesta segunda-feira(31) o grupo de oposição Justicia 11J.

Entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro, "será realizado o julgamento dos manifestantes de Toyo. 33 pessoas serão julgadas pelo crime de sedição, incluindo seis menores", informou a organização de oposição em sua página no Facebook.

Toyo é o nome de uma padaria localizada em Dez de outubro, distrito de Havana, onde em 11 de julho houve confrontos entre apoiadores do governo e manifestantes, deixando veículos danificados, além de pedras e garrafas espalhadas por toda parte.

Em 25 de janeiro, o governo informou pela primeira vez que 790 cubanos, incluindo 55 entre 15 e 18 anos, haviam sido indiciados pelas manifestações de julho, acusados de crimes relacionados a "atos de vandalismo" e "graves distúrbios da ordem pública".

A autoridade judiciária especificou que mais 172 já haviam sido condenados por outros crimes, sem detalhar as acusações.

Em Cuba, a maioridade é adquirida aos 18 anos, mas a responsabilidade criminal e militar se aplica a partir dos 16 anos.

As manifestações históricas gritando "Liberdade" e "Estamos com fome" em cerca de 50 cidades da ilha deixaram um morto, dezenas de feridos e 1.377 detidos, segundo a ONG de direitos humanos Cubalex.

Os manifestantes em julgamento são acusados de desacato, agressão, dano, desordem pública e resistência, informaram as autoridades judiciais. Segundo a Cubalex, 158 detidos foram acusados do crime de sedição.

A televisão estatal apresentou na sexta-feira, pela primeira vez, testemunhos de três familiares de manifestantes processados.

"Como mãe, peço desculpas pelo erro dele, que (meu filho) disse isso publicamente e ele me disse também, para pedir desculpas e peço desculpas ao país e a toda a mídia, que foi algo que ele fez sem saber o que estava fazendo", disse Eudanis Campos Ramírez com a voz embargada, segundo imagens do principal telejornal cubano.

O governo cubano afirma que as manifestações foram orquestradas pelos Estados Unidos, que desde 1962 submete Cuba a um forte bloqueio econômico.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)