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Estado de Minas WASHINGTON

Família de afro-americano morto por brancos se sente 'traída'


31/01/2022 17:16

A família de Ahmaud Arbery, um homem negro que corria na rua quando foi morto a tiros por homens brancos em fevereiro de 2020 no sul dos Estados Unidos, disse nesta segunda-feira(31) que se sente "traída" pelo Departamento de Justiça, que negociou um acordo com dois de seus assassinos.

Travis McMichael, 36 anos, seu pai Gregory McMichael, 65, e seu vizinho William Bryan, 52, foram condenados à prisão perpétua por um tribunal estadual da Geórgia após um julgamento que abordou o aspecto racista do crime.

Essa questão deveria ser abordada em um segundo julgamento em fevereiro perante um tribunal federal que acusou os três homens de um "crime racista".

Mas os McMichaels chegaram a um acordo judicial com promotores federais, de acordo com documentos divulgados no domingo. Se o juiz validar o acordo, um novo julgamento será evitado e eles poderão cumprir parte de sua pena em presídio federal, em troca da admissão de sua culpa.

Os Arberys consideram isso "uma traição" e "se opõem fortemente", disse seu advogado Lee Merritt. "O Departamento de Justiça está transformando uma vitória em uma derrota."

Segundo ele, a família Arbery "lutou muito para garantir que esses homens passassem o resto de suas vidas em prisões estaduais" e enviá-los para "centros de detenção federais mais seguros, menos lotados e mais bem administrados" seria oferecer a eles " uma recompensa."

A mãe de Ahmaud Arbery, Wanda Cooper Jones, defenderá sua posição nesta segunda-feira perante o juiz responsável pelo caso.

"Deixei claro em todas as etapas que não concordei com a proposta de um acordo a eles", disse em comunicado.

Arbery, 25, praticava esportes em Brunswick em 23 de fevereiro de 2020 quando os três homens, armados e a bordo de duas caminhonetes, o perseguiram. Travis McMichael o matou. Os três homens brancos disseram que o confundiram com um ladrão que queriam prender.

Por mais de dois meses, a polícia não os prendeu até que um vídeo da tragédia circulou nas redes sociais.

Ahmaud Arbery tornou-se então um emblema do movimento Black Lives Matter durante as grandes manifestações antirracistas do verão de 2020.


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