A mulher, identificada como Allison Fluke-Ekren, que havia residido no estado do Kansas, foi citada em uma denúncia criminal apresentada em 2019 em um tribunal federal da Virginia, segundo o comunicado do governo.
A denúncia indicava que ela havia planejado um atentado em um campus universitário dos Estados Unidos e falado sobre organizar um ataque com carro-bomba em um centro comercial do país.
Fluke-Ekren, de 42 anos, que chegou a usar pelo menos cinco identidades diferentes, foi detida na Síria, mas sua custódia foi transferida na sexta-feira ao FBI.
Está previsto que ela compareça ao Tribunal Federal de Distrito Leste da Virgínia, em Alexandria, nos arredores de Washington, na segunda-feira, às 14h00 locais (16h00 em Brasília), segundo a nota.
Fluke-Ekren viajou à Síria "há vários anos com o propósito de cometer e apoiar o terrorismo [...] e esteve supostamente envolvida em uma série de atividades relacionadas com o terrorismo em nome do EI desde pelo menos 2014", afirmou o Departamento de Justiça dos EUA.
De acordo com o governo americano, ela teria organizado e liderado um batalhão militar exclusivamente feminino do Estado Islâmico, preparando as mulheres para defender Raqqa, o bastião do grupo na Síria, durante o cerco à cidade em 2017.
De acordo com o comunicado, ela também teria instruído crianças, assim como fez com as mulheres, a usar fuzis AK-47 e cinturões com explosivos para ataques suicidas. Se for declarada culpada das acusações, Fluke-Ekren pode ser condenada a 20 anos de prisão.
WASHINGTON