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Estado de Minas OUAGADOUGOU

ONU pede libertação imediata do presidente de Burkina Faso


25/01/2022 08:08

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos pediu nesta terça-feira a "libertação imediata" do presidente de Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, deposto por um golpe de Estado militar, enquanto a calma parecia retornar à capital do país africano.

"Pedimos aos militares que libertem imediatamente o presidente e os outros altos funcionários detidos", declarou a porta-voz do Alto Comissariado, Ravina Shamdasani.

Na segunda-feira à noite, os militares de Burkina Faso anunciaram na televisão a tomada de poder após uma revolta no país africano por críticas ao presidente por seu fracasso para conter o avanço dos jihadistas.

Os autores do golpe, em uniforme de camuflagem, anunciaram na televisão o "fim do mandato" do presidente Roch Marc Christian Kaboré, após um motim que começou no domingo.

Estados Unidos e União Europeia também pediram a libertação imediata de Kaboré.

O presidente da França, Emmanuel Macron, também condenou nesta terça-feira o "golpe de Estado militar" em Burkina Faso, ex-colônia francesa.

"Como sempre, estamos ao lado da organização regional, a CEDEAO (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental), para condenar este golpe de Estado militar", declarou.

A situação parecia retornar à calma nesta terça-feira na capital, Uagadugu, após dias de tensão. O grande mercado, lojas e postos de gasolina estavam abertos e não havia uma presença militar considerável no centro da cidade.

Uma manifestação a favor dos militares está programada para esta terça-feira na capital.

O paradeiro do ex-presidente Kaboré permanecia uma incógnita nesta terça-feira.

A televisão nacional (RTB) publicou na segunda-feira à noite nas redes sociais uma carta de renúncia manuscrita atribuída a Kaboré, mas não foi possível comprovar a veracidade do texto.

A carta afirma que a renúncia aconteceu em nome do "melhor interesse da nação".

De acordo com a RTB, a carta foi transmitida diretamente pelos golpistas, mas não foi possível saber se foi escrita pelo próprio Kaboré, nem em que condições.

A mesma incerteza afeta o primeiro-ministro Lassina Zerbo e outros funcionários do governo anterior.

Burkina Faso sofreu várias tentativas de golpe de Estado. No vizinho Mali, onde começou a insurgência jihadista começou, os militares derrubaram um governo civil em 2020.


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