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Estado de Minas OSLO

Talibãs e diplomatas ocidentais iniciam reunião em Oslo sobre crise afegã


24/01/2022 08:11

Uma delegação talibã e diplomatas ocidentais iniciaram uma reunião em Oslo, nesta segunda-feira (24), dedicada à crise humanitária no Afeganistão, onde milhões de pessoas estão ameaçadas pela fome - informaram fontes do Ministério das Relações Exteriores da Noruega.

Liderada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Amir Khan Muttaqi, a delegação afegã se reuniu com representantes de Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, União Europeia e Noruega.

A comunidade internacional condiciona o retorno da ajuda financeira estrangeira ao Afeganistão ao respeito dos direitos humanos por parte dos talibãs.

"Com o espírito de resolver a crise humanitária (...) continuamos uma diplomacia lúcida com os talibãs, marcada por nosso interesse constante em um Afeganistão estável, respeitoso dos direitos e inclusivo", disse no Twitter o enviado especial americano Thomas West.

O governo talibã ainda não foi reconhecido internacionalmente.

Fundamentalistas islâmicos depostos do poder em 2001, retomaram as rédeas do país em agosto do ano passado.

Criticadas por especialistas e por uma parte da diáspora afegã, a Noruega insistiu em que essas negociações "não são nem uma legitimação, nem um reconhecimento", mas que era necessário "falar com as autoridades que de fato governam o país".

No sábado (22), o porta-voz do governo islâmico, Zabihullah Mujahid, disse à AFP esperar que essas conversas contribuam para "mudar o clima bélico (...) em uma situação pacífica".

Desde agosto, a ajuda internacional que financiava 80% do orçamento afegão foi suspensa, e os Estados Unidos congelaram US$ 9,5 bilhões em fundos do Banco Central Afegão.

O desemprego disparou, e funcionários públicos estão sem salário desde agosto. De acordo com a ONU, a fome hoje ameaça em torno de 23 milhões de afegãos, ou seja, 55% da população do país. Para aliviar este quadro dramático, a organização relata serem necessários US$ 4,4 bilhões em recursos este ano.


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