(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas NAÇÕES UNIDAS

ONU condena ataques aéreos de coalizão árabe contra prisão no Iêmen


21/01/2022 18:56

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou nesta sexta-feira (21) o ataque aéreo da coalizão liderada por Arábia Saudita no Iêmen, que deixou ao menos 70 mortos em uma prisão e afetou as telecomunicações.

Guterres "lembra a todas as partes que os ataques contra civis e infraestrutura civil estão proibidos pelo direito internacional humanitário", assinalou a ONU em uma declaração.

O tom forte e incomum do titular da ONU sobre a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos contrasta com sua declaração de terça-feira, quando havia se limitado a "deplorar" os ataques aéreos mortíferos anteriores da coalizão, desatados em represália aos ataques dos rebeldes houthis contra os Emirados, que deixaram três mortos e seis feridos entre os civis.

Em uma coletiva de imprensa anterior ao comunicado, Guterres considerou que os houthis, apoiados pelo Irã, tinham cometido "um grave erro" ao se recusarem a receber seu emissário para o Iêmen, o diplomata sueco Hans Grundberg.

Algumas horas antes, na noite de quinta-feira, a coalizão árabe, que intervém desde 2015 no país devastado pela guerra, reivindicou um bombardeio na cidade de Hodeida (oeste), que, segundo uma ONG, causou a morte de três crianças.

A Arábia Saudita lidera a coalizão militar de países muçulmanos, entre os quais estão os Emirados Árabes Unidos, que apoia as forças governamentais iemenitas contra os rebeldes houthis.

No meio da noite, um ataque aéreo atingiu uma prisão em Saada, bastião dos houthis no norte do Iêmen.

Ao menos 70 pessoas morreram e 138 ficaram feridas, segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), que denunciou o "horrível" ataque.

Um porta-voz da MSF disse que "as buscas entre os escombros da prisão ainda estão sendo feitas".

Não estava claro, de imediato, quem e quantos eram os prisioneiros de Saada. No entanto, oito ONGs, entre elas Ação contra a Fome, Oxfam e Save the Children, informaram em um comunicado conjunto que entre os mortos havia migrantes e denunciaram a "flagrante indiferença" com a vida dos civis.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)