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Estado de Minas WASHINGTON

Biden aposta em recuperar produção de semicondutores nos EUA


21/01/2022 15:46

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, busca responder a uma das emergências econômicas do momento unindo forças nesta sexta-feira (21) ao anúncio da Intel de que investirá 20 bilhões de dólares para produzir chips eletrônicos no país, cuja escassez contribuiu para o aumento da inflação.

"É um investimento verdadeiramente histórico nos Estados Unidos para os trabalhadores americanos", defendeu.

O presidente prometeu que seu governo continuará "usando todas as ferramentas disponíveis (...) para reforçar a resiliência econômica e fabricar mais nos Estados Unidos".

"No fim, trata-se de segurança nacional, de segurança econômica", indicou.

A escassez de semicondutores é um dos exemplos da falta de produtos que reduzem a produção e encarecem as mercadorias nos Estados Unidos, afetado pela inflação.

O presidente americano insiste que a inflação nos EUA está diretamente relacionada com os problemas das cadeias de suprimentos globais e quer que as fábricas retomem sua produção em território nacional, em particular de semicondutores.

Esses chips são essenciais para uma grande quantidade de setores e produtos, desde automóveis e smartphones até equipamentos médicos, inclusive respiradores.

A Intel disse nesta sexta que começará a construção de duas fábricas de semicondutores perto de Columbus, a capital do estado de Ohio, no fim deste ano, com o objetivo de iniciar a produção de chips a partir de 2025.

"O anúncio de hoje é o último indicador de progresso nos esforços da administração Biden-Harris para acelerar a fabricação nacional de bens críticos, como os semicondutores, para enfrentar os gargalos na cadeia de suprimentos no curto prazo, revitalizar nossa base fabril e criar bons empregos aqui em casa", disse a Casa Branca em comunicado.

A Intel planeja contratar 3.000 novos empregados para esses locais, cuja construção envolverá 7.000 operários.

A explosão da demanda durante a pandemia criou gargalos que obrigam as empresas a reduzir a produção em todo o mundo, o que, consequentemente, fomenta a inflação.

- Independência industrial -

"Em outra época, os Estados Unidos lideravam a fabricação global de semicondutores. Mas, nas últimas décadas, perderam sua vantagem: nossa participação na produção mundial de semicondutores caiu de 37% para apenas 12% nos últimos 30 anos", lamentou a Casa Branca.

Os assessores econômicos de Biden observam que no ano passado um terço dos aumentos anuais de preços foi provocado "apenas pelos altos preços dos automóveis", o setor onde a escassez de chips foi mais severa.

Biden pressiona o Congresso nesta sexta-feira para que aprove uma legislação para fortalecer o setor de pesquisa e desenvolvimento e a fabricação nos Estados Unidos de produtos para as cadeias de suprimentos críticas, em especial os semicondutores.

Em junho, o Senado aprovou uma lei sobre inovação e concorrência.

"A administração está trabalhando com a Câmara e o Senado para finalizar esta legislação", assinalou a Casa Branca.

O texto inclui fundos para a lei "CHIPS for America", que proporcionará 52 bilhões de dólares "para catalisar mais investimentos do setor privado e manter a liderança tecnológica americana", explicou a Presidência.

- Pouco efeito a curto prazo -

Em um contexto em que a pandemia evidenciou a dependência industrial dos países do Ocidente em relação à Asia, os governos dos Estados Unidos e da Europa se preocuparam em garantir um seu fornecimento de semicondutores, cuja fabricação se deslocou há anos para os países asiáticos, que apresentam custos menores.

Os chips são fabricados em grande parte em Taiwan.

Desde o início de 2021, a indústria dos semicondutores anunciou quase 80 bilhões de dólares em novos investimentos nos Estados Unidos até 2025, segundo dados da federação da indústria citados pela Casa Branca.

"Os consumidores americanos podem esperar preços mais baixos à medida que levemos para casa a produção dos semicondutores que impulsionam a nossa economia", afirmou a secretária de Comércio, Gina Raimondo.

No entanto, devido aos atrasos no início da produção, os anúncios terão pouco efeito sobre a inflação a curto prazo.


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