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Estado de Minas WASHINGTON

Biden aposta em recuperar produção de semicondutores nos EUA


21/01/2022 14:02

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, busca responder a uma das emergências econômicas do momento unindo forças nesta sexta-feira (21) ao anúncio da Intel de investir 20 bilhões de dólares para produzir chips eletrônicos no país, cuja escassez contribuiu para o aumento da inflação.

O presidente americano insiste que a inflação nos EUA está diretamente relacionada com os problemas das cadeias de suprimentos globais e quer que as fábricas retomem sua produção em território nacional, em particular de semicondutores.

Esses chips são essenciais para uma grande quantidade de setores e produtos, desde automóveis e smartphones até equipamentos médicos, inclusive respiradores.

A Intel disse nesta sexta que começará a construção de duas fábricas de semicondutores perto de Columbus, a capital do estado de Ohio, no fim deste ano, com o objetivo de iniciar a produção de chips a partir de 2025.

"O anúncio de hoje é o último indicador de progresso nos esforços da administração Biden-Harris para acelerar a fabricação nacional de bens críticos, como os semicondutores, para enfrentar os gargalos na cadeia de suprimentos no curto prazo, revitalizar nossa base fabril e criar bons empregos aqui em casa", disse a Casa Branca em comunicado.

A Intel planeja contratar 3.000 novos empregados para esses locais, cuja construção envolverá 7.000 operários.

A explosão da demanda durante a pandemia criou gargalos que obrigam as empresas a reduzir a produção em todo o mundo, o que, consequentemente, fomenta a inflação.

- Independência industrial -

"Em outra época, os Estados Unidos lideravam a fabricação global de semicondutores. Mas, nas últimas décadas, perderam sua vantagem: nossa participação na produção mundial de semicondutores caiu de 37% para apenas 12% nos últimos 30 anos", lamentou a Casa Branca.

Biden pressionará o Congresso nesta sexta-feira para que aprove uma legislação para fortalecer o setor de pesquisa e desenvolvimento e a fabricação nos Estados Unidos de produtos para as cadeias de suprimentos críticas, em especial os semicondutores.

"A administração está trabalhando com a Câmara e o Senado para finalizar esta legislação", assinalou a Casa Branca.

O texto inclui fundos para a lei "CHIPS for America", que proporcionará 52 bilhões de dólares "para catalisar mais investimentos do setor privado e manter a liderança tecnológica americana", explicou a Presidência.

A pandemia evidenciou a dependência industrial dos países do Ocidente em relação à Asia, que se tornou o maior produtor de microchips do mundo devido ao baixo custo de produção no continente.

Nesta sexta, Biden se reúne na Casa Branca com o responsável da Intel, Pat Gelsinger, para conversar sobre o projeto.

Desde o início de 2021, a indústria de semicondutores anunciou quase 80 bilhões de dólares em novos investimentos nos Estados Unidos até 2025, segundo dados da federação da indústria citados pela Casa Branca.

Segundo o governo americano, esses investimentos serão responsáveis por criar "dezenas de milhares de empregos bem remunerados nos Estados Unidos. Além disso, a secretária de Comércio, Gina Raimondo, assinalou que "os consumidores americanos podem esperar preços menores" na medida em que os semicondutores começarem a ser produzidos nos EUA.

Contudo, dados os atrasos no início da produção, os investimentos terão pouco efeito sobre a inflação no curto prazo.


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