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Estado de Minas WASHINGTON

Biden avalia primeiro ano de mandato e fala de temas cruciais em entrevista coletiva


19/01/2022 20:33

O presidente Joe Biden reconheceu nesta quarta-feira (19) os erros diante da pandemia, que ainda atinge os Estados Unidos, mas elogiou um ano de "enorme progresso" na economia americana, ao fazer um balanço de seu primeiro ano de mandato durante uma coletiva de imprensa.

"Foi um ano de desafios, mas também foi um ano de enorme progresso", afirmou Biden, admitindo que não previu uma obstrução republicana tão forte ao seu governo.

Biden respondeu a perguntas sobre uma ampla gama de tópicos, do confronto com a Rússia pelos testes de mísseis da Ucrânia e Coreia do Norte até a inflação nos Estados Unidos e a pandemia da covid-19, passando pelo que ele mesmo considera uma ameaça à democracia americana por parte de seu antecessor, o republicano Donald Trump.

Sobre a gestão da pandemia, Biden elogiou os avanços na vacinação. "Passamos de dois milhões de pessoas vacinadas na época em que tomei posse para 210 milhões de americanos totalmente vacinados hoje. Criamos 6 milhões de novos empregos, mais empregos em um ano do que em qualquer outro momento", lembrou.

O presidente democrata enfatizou que "não é hora de desistir" ao se referir às negociações com o Irã para reviver o acordo nuclear de 2015. "Algum progresso está sendo feito", afirmou.

Sobre a questão do combate à inflação, Biden alertou que isso exigirá um esforço de "longo prazo" e atribuiu a alta vertiginosa dos preços a problemas nas cadeias de suprimentos causados pela pandemia.

Levar a inflação a um nível razoável, quando atualmente se encontra em seu nível mais alto em quase 40 anos, "será difícil", insistiu o democrata durante a coletiva de imprensa. "Até lá, será doloroso para muitas pessoas", previu.

Sobre a tensão na fronteira ucraniana, Biden alertou que a Rússia pagará um alto preço se decidir invadir a Ucrânia, incluindo um alto custo humano e profundos danos à sua economia.

"Será um desastre para a Rússia", ameaçou Biden, acrescentando que os russos podem eventualmente prevalecer, mas suas perdas "serão grandes".

Por outro lado, Biden anunciou que a vice-presidente Kamala Harris será sua companheira de chapa novamente em 2024.

Ele também disse estar confiante de que o Congresso aprovará "grandes porções" de seu projeto de lei de gastos sociais, atualmente paralisado.

Esse projeto está parado no Legislativo, pois gera divisão dentro do Partido Democrata, que é maioria no Congresso.

Biden, porém, disse que ainda espera que o Senado aprove novas leis sobre o direito ao voto, que a priori parecem fadadas ao fracasso.

- Volta dos republicanos? -

Uma nova pesquisa da Gallup mostra Biden com apenas 40% de aprovação, abaixo dos 57% no início de seu mandato. Desde a Segunda Guerra Mundial, apenas os números do primeiro ano de Trump foram menores, disse a Gallup.

A coletiva de imprensa de Biden aconteceu na véspera do primeiro aniversário de sua posse, em 20 de janeiro.

Com o tradicional discurso do Estado da União, uma espécie de prestação de contas no Congresso, marcado para 1º de março, o tempo está se esgotando para que Biden consiga mudar o clima antes das eleições legislativas de novembro ("midterms"). Por enquanto, analistas preveem que os republicanos recuperem, com folga, o controle do Legislativo.

A Casa Branca espera que as boas notícias superem lentamente o pessimismo relacionado à pandemia, com a economia se recuperando, a variante ômicron do coronavírus em declínio e os americanos apreciando as conquistas de Biden, como seu enorme plano de gastos com infraestrutura.

Como o chefe de gabinete da Casa Branca, Ron Klain, disse ao Politico: "O presidente Biden foi eleito para um mandato de quatro anos, não de um ano".

Mas o próprio Biden tem se mostrado cauteloso.

Embora o presidente tenha o costume de interagir com os repórteres em sessões breves e muitas vezes apressadas de perguntas e respostas na Casa Branca, a ausência de coletivas de imprensa chama a atenção.

Desde que assumiu o cargo e até 31 de dezembro, Biden deu apenas nove coletivas, contra 22 de Trump em seu primeiro ano e 27 de Barack Obama, segundo um estudo do Projeto de Transição da Casa Branca.

A escassez de entrevistas exclusivas é ainda mais eloquente: 22 para Biden, 92 para Trump e 156 para Obama.


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