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Estado de Minas PEQUIM

Advogado chinês de direitos humanos é detido por 'incitar subversão'


19/01/2022 08:04

O advogado de direitos humanos Xie Yang foi detido na China por suspeita de "incitar a subversão contra o Estado" - informa um comunicado oficial obtido por sua esposa, semanas depois de defender uma professora hospitalizada.

Yang, que defende ativistas cristãos e pró-democracia, não foi contatado desde sua prisão há mais de uma semana na cidade de Changsha, na província de Hunan.

O aviso da polícia, datado de segunda-feira e visto pela AFP, afirma que Xie, de 49 anos, foi detido por suspeita de incitar a subversão contra o poder estatal e "causar disputas e provocar problemas". Esta acusação é frequentemente usada contra dissidentes e ativistas.

"Estou muito incomodada que ele tenha sido detido por acusações inventadas", declarou sua esposa, Chen Guiqiu, à AFP, falando dos Estados Unidos, onde morm com seus dois filhos.

Ela contou que sua casa foi saqueada.

"Tudo o que podia ser aberto foi aberto, ou forçado, até os travesseiros foram rasgados", relatou, lembrando que dois computadores e um cofre desapareceram.

A prisão de Yang aconteceu semanas depois de ele tentar visitar a professora Li Tiantian. Segundo amigos, ela foi internada em um hospital psiquiátrico após expressar simpatia por opiniões que questionam a narrativa oficial chinesa sobre o Massacre de Nanjing de 1937. Essa passagem histórica é uma questão delicada na China.

Li teria sido detida após apoiar um professor de Xangai que questiona o número oficial de 300.000 mortos naquele massacre.

Xie defendeu a professora grávida de 27 anos, que, conforme as autoridades, aceitou ser internada.

Em dezembro passado, o advogado divulgou um vídeo, em frente a uma delegacia, no qual pedia a libertação de Li.

O Departamento de Segurança Pública de Changsha se negou a comentar o caso, enquanto o centro de detenção e o departamento local de propaganda não responderam às ligações da AFP.

Outro advogado de direitos humanos, Yang Maodong, foi detido na semana passada por suspeita de "incitar a subversão contra o poder estatal", segundo um aviso da polícia. Yang já foi detido várias vezes por seu ativismo.


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