"Temos o prazer de informar que a meta de 3% da lista nominal de eleitores foi alcançada, a meta é de 2 milhões e 758 mil inscrições", informou o INE no Twitter.
Por lei, para que o órgão eleitoral realize este exercício, é necessária a assinatura de 3% dos colégios eleitorais, ou seja, cerca de 2,7 milhões de aprovações.
López Obrador, que assumiu o poder em dezembro de 2018, promove o referendo para que os cidadãos decidam se encerram ou não seu mandato que deve ir até 2024, o que aconteceria em 10 de abril.
O presidente garante que se trata de um exercício democrático, mas seus detratores denunciam um ato político para fortalecer sua posição, além de desperdício de recursos.
A realização da consulta também confrontou o INE com o governo de López Obrador. Tanto o Supremo Tribunal de Justiça quanto o tribunal eleitoral ordenaram a realização da consulta após o instituto adiar o processo por falta de recursos.
O INE alega que cortes orçamentários determinados pela presidência e pelo Legislativo - dominado pelo partido de Obrador - o deixaram sem recursos para realizar esse processo.
Desde que foi prefeito da Cidade do México (2000-2006), o líder de esquerda prometeu submeter seu mandato à opinião popular por meio de consultas.
Como prefeito, ele realizou uma pesquisa por telefone na metade de seu governo.
Já como presidente eleito, ele suspendeu o projeto milionário de um novo aeroporto na Cidade do México após uma consulta criticada por seus opositores por supostas irregularidades.
- Indicação de opositores -
Alegando buscar pluralidade em seu governo, Obrador propôs nesta terça nomear políticos do opositor PRI a cargos diplomáticos, mas líderes deste partido, anteriormente hegemônico, veem uma tentativa de enfraquecê-los.
O presidente nomeou a ex-governadora de Sonora (norte), Claudia Pavlovich, como cônsul em Barcelona e o ex-presidente de Campeche (sul), Carlos Aysa, como embaixador na República Dominicana. Ambas as propostas devem ser aprovadas pelo Senado.
Em 2021, o governo de López Obrador indicou o ex-governador do PRI de Sinaloa, Quirino Ordaz, como embaixador na Espanha, embora a imprensa indique que Madri não aprovou a nomeação.
O líder do PRI, Alejandro Moreno, disse no Twitter que ao aceitar as indicações, os ex-líderes locais infringiriam os estatutos do partido, "causando sanções internas, incluindo expulsão".
Dominante no México por mais de sete décadas, o PRI é apontado por analistas como decisivo para obter a maioria qualificada - necessária para aprovar mudanças constitucionais - e promover uma ambiciosa e polêmica reforma do mercado de eletricidade, entre outras iniciativas.
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