"É absolutamente essencial que o governo do Mali apresente um calendário aceitável do ponto de vista das eleições", disse o chefe da ONU durante uma reunião com jornalistas.
Ele disse que espera "entrar em contato rapidamente com o governo do Mali".
Guterres lembrou que "se apresentar um calendário aceitável e se o governo tomar medidas nesse sentido, haverá um levantamento gradual das sanções" - encerramentos de fronteiras, medidas econômicas e financeiras - pela Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
"Estou trabalhando com a CEDEAO e a União Africana para criar as condições que permitirão ao governo do Mali tomar uma posição razoável e aceitável para acelerar uma transição que já se arrasta há muito tempo", acrescentou.
Isso poderia "permitir uma restauração da normalidade nas relações entre este Estado e a comunidade internacional, em particular a CEDEAO".
Após um segundo golpe em maio de 2021, a junta militar do Mali não planeja mais eleições para 27 de fevereiro, como havia prometido, e considera uma transição que pode durar até cinco anos. Esta posição tem sido amplamente condenada por muitos países.
A Rússia expressou "compreensão" às autoridades malinesas e a dificuldade de organizar eleições em um país onde proliferam grupos armados.
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