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Estado de Minas WASHINGTON

Assessor médico de Biden acusa senador republicano de ameaças de morte


11/01/2022 19:18

O cientista americano Anthony Fauci acusou um senador republicano, cético das vacinas, de incentivar "loucos" que ameaçam sua vida e assediam sua família em um testemunho incomumente emotivo perante o Congresso nesta terça-feira (11).

O último choque entre Fauci e o senador Rand Paul ocorre em um momento em que os casos de covid-19 disparam, impulsionados pela variante ômicron, assim como as internações, que alcançaram um máximo histórico de 145.982, superando um recorde anterior de cerca de 142.000 em janeiro de 2021.

Os Estados Unidos são o país mais enlutado do mundo na pandemia, com mais de 840.000 óbitos, e estão se recuperando de sua quinta onda de contágios.

Os principais funcionários do presidente Joe Biden, inclusive seu principal assessor médico, Fauci, a diretora dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), Rochelle Walenksy, e a diretora interina da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), Janet Woodcock, foram convocados a depor no Senado sobre a pandemia.

Embora a maioria dos legisladores tenha concentrado suas perguntas na falta de testes adequados e nas novas e confusas pautas sobre como os infectados deveriam terminar seu isolamento, o senador Paul, que tem criticado a vacinação obrigatória e se negou a se imunizar, acusou Fauci de ser culpado pessoalmente pela morte de pessoas.

Paul disse que Fauci tem sido o "arquiteto principal" da resposta dos Estados Unidos à covid, e o culpou pelas cerca de 450.000 mortes desde que Biden assumiu o cargo, embora a grande maioria não estivesse vacinada, e os funcionários de saúde, inclusive Fauci, tenham defendido constantemente as vacinas.

"O senhor me ataca pessoalmente e sem absolutamente nenhuma evidência de nada do que diz", respondeu Fauci.

Fauci, de 81 anos, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, acrescentou que os ataques o distraíram do importante trabalho de enfrentamento da pandemia e o tornaram um alvo da violência.

"De repente, isso incita loucos lá fora e tenho ameaças contra a minha vida, assédio à minha família e meus filhos, com telefonemas obscenos", reclamou.

Fauci lembrou que no fim de dezembro, um homem foi detido quando se dirigia da Califórnia para a capital, Washington, armado com um fuzil AR-15 e munições.

O homem disse que queria matar Fauci porque afirmou que havia sangue nas mãos dos cientistas.

Em seguida, Fauci mostrou uma cópia impressa do site na internet de Paul mostrando um cartaz com a frase "Demitam o doutor Fauci", ao lado de um convite para doações para a campanha do republicano.

"O senhor está criando uma epidemia catastrófica para seu benefício político", acrescentou.

A nova onda da covid sobrecarrega o sistema de atendimento médico nos Estados Unidos, já pressionado pela variante delta e pelas demissões maciças de pessoal.

Embora a ômicron cause casos graves em um volume menor do que a delta, está infectando mais pessoas devido ao seu caráter extremamente contagioso.

Os dados mais recentes do estado de Nova York mostram que as vacinas contra a covid-19 continuam protegendo bem de casos graves.

Até 27 de dezembro, 4,6 pessoas vacinadas em cada 100.000 foram hospitalizadas por semana em comparação com as 58,3 em cada 100.000 entre as não vacinadas, para uma eficácia da vacina ajustada por idade contra a hospitalização de 92%.

Tem havido um desligamento entre as taxas de casos e hospitalizações durante a onda da ômicron em comparação com as ondas anteriores, mas o efeito não tem sido tão forte quanto o visto na Grã-Bretanha, atingido primeiro pela ômicron, mas com uma taxa de vacinação e de reforço mais alta.


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