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Estado de Minas CARTUM

Manifestações antigolpe deixam um morto no Sudão


09/01/2022 14:51 - atualizado 09/01/2022 14:55

Um manifestante morreu neste domingo (9) pelas forças de segurança no Sudão, informou um comitê de médicos, durante manifestações nas quais milhares de pessoas compareceram para protestarem contra o golpe de Estado realizado há onze semanas.

Milhares de manifestantes se reuniram hoje na capital em protesto contra o golpe de Estado realizado em 25 de outubro pelo comandante-chefe do exército, general Abdel Fatah al Burhan.

As forças de segurança tentam dispersá-los com gás lacrimogêneo, como costumam fazer para enfrentar todas as manifestações contra o golpe.

Um jovem de 26 anos morreu ao ser atingido no pescoço por uma bomba de gás lacrimogêneo lançada pelas forças de segurança, informou o Comitê de Médicos sudaneses, um sindicato favorável ao movimento de protestos, em nota.

Além disso, neste domingo também morreu um adolescente que foi baleado no pescoço em uma manifestação de quinta-feira passada, segundo a mesma fonte.

A repressão desses protestos deixaram ao menos 60 mortos, de acordo com médicos vinculados ao movimento de protesto.

Neste domingo, também houve manifestações em Omdurmã, subúrbio ao noroeste de Cartum, segundo a fonte.

O golpe militar interrompeu a transição para um governo completamente civil no Sudão, quase dois anos após a queda do autocrata Omar al Bashir, no poder durante três décadas.

As autoridades negam sistematicamente o recurso ao uso de balas reais contra os protestos e afirmam que vários membros das forças de segurança ficaram feridos nesses confrontos com os manifestantes.

Na semana passada, o primeiro-ministro e rosto civil da transição, Abdalá Hamdok, renunciou depois de outro dia de protestos em que três pessoas morreram.

Hamdok retornou às suas funções em 21 de novembro, depois de ter sido destituído pelo golpe e de um frágil acordo com os militares.

Al Burhan prolongou seu mandato por quase dois anos e prometeu eleições para julho de 2023.

No sábado, o emissário da ONU no Sudão, Volker Perthes, anunciou que a partir da próxima semana vai mediar negociações com "todos os atores-chave, tanto civis quanto militares" para buscar uma saída para a crise política sudanesa.


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