"Isso é algo enorme. Estou muito feliz por estar aqui", declarou minutos depois de abandonar o aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, levantando um braço, mas sem largar a mão de sua esposa, a francesa Céline Lebrun, que foi expulsa do Egito quando seu marido foi preso.
"Passei os últimos dois anos e meio em prisões, lugares de desaparecimentos forçados, em alguns casos debaixo da terra; em outros, isolado, e em outros, com um monte de gente, submetido a um tratamento especialmente desumano", contou.
Ramy Shaath foi libertado na quinta-feira à noite, após mais de 900 dias de prisão "arbitrária", segundo sua família. As autoridades egípcias o entregaram depois a um representante da Autoridade Palestina no aeroporto do Cairo, onde pegou um avião para Amã. Pousou na França neste sábado à tarde.
Ramy Shaath, de 48 anos, coordenador no Egito do movimento Boicote, Desinvestimento, Sanções (BDS, que defende o boicote de Israel no combate à ocupação dos Territórios Palestinos), estava detido desde julho de 2019 acusado de fomentar "distúrbios contra o Estado".
É filho do líder político palestino Nabil Shaath.
PARIS