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Estado de Minas VARSÓVIA

Polônia admite ter comprado programa de espionagem israelense, mas apenas contra o crime


07/01/2022 11:23

O chefe do partido nacionalista no poder na Polônia admitiu que seu país comprou o programa de espionagem israelense Pegasus, mas rejeitou as acusações de que foi usado contra a oposição política.

Essas acusações chocaram a Polônia e provocaram um escândalo que é comparado com o escândalo Watergate nos anos 1970 nos Estados Unidos.

Uma vez instalado em um celular, o Pegasus permite acessar as mensagens e dados do usuário, mas também ativar o aparelho à distância para captar som ou imagem.

"Seria péssimo se os serviços poloneses não tivessem tal instrumento", declarou Jaroslaw Kaczynski, presidente do partido Lei e Justiça (PiS), além de vice-primeiro-ministro, ao jornal Sieci.

Questionado sobre as acusações de que o governo teria usado o programa para espionar a oposição, Kaczynski respondeu que este programa foi "usado pelos serviços de combate ao crime e à corrupção em muitos países".

Na entrevista, que será publicada integralmente na segunda-feira, disse que qualquer uso desses métodos estava "sempre sob controle de um tribunal e do gabinete do Ministério Público" e rejeitou as acusações da oposição.

Citizen Lab, um laboratório de vigilância de cibersegurança cuja sede está no Canadá, confirmou o uso do Pegasus contra três pessoas na Polônia, entre elas Krzysztof Brejza, senador do principal partido de oposição, o Plataforma Cívica (PO), quando coordenava sua campanha nas legislativas de 2019.

John Scott-Railton, investigador principal do Citizen Lab, declarou à AFP que os usos detectados do Pegasus eram apenas a "ponta do iceberg" e que seu uso indicava uma "deriva autoritária" na Polônia.

Segundo Brejza, o hackeamento de seu telefone influenciou no resultado da eleição, vencida pelo PiS.


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