Em nota, Blinken acusou as oito autoridades, cujo nome não cita, de "envolvimento em tentativas de silenciar as vozes do povo cubano por meio da repressão, detenções injustas e duras penas de prisão".
"Essas oito pessoas incluem funcionários cubanos relacionados com a prisão, condenação e prisão de manifestantes pacíficos em 11 de julho", acrescentou.
Naquele dia, Cuba foi palco de manifestações históricas que resultaram em uma morte, dezenas de feridos e 1.320 pessoas presas, das quais 698 ainda estão detidas, segundo a última contagem da ONG cubana de defesa dos direitos humanos Cubalex.
Alguns dos presos vivem em "condições de saúde precárias e sem acesso a alimentos, remédios ou ligações para seus entes queridos", disse o comunicado do Departamento de Estado.
O governo dos Estados Unidos acusa Havana de usar "contínuas táticas de intimidação, prisões injustas e duras penas" com o objetivo de "negar aos cubanos sua liberdade e direitos".
Blinken quer que as autoridades cubanas que permitem "a violação da democracia e dos direitos humanos pelo regime" sejam responsabilizadas, e reiterou o apoio dos Estados Unidos "ao povo cubano".
Cuba, onde a dissidência é proibida, por sua vez acusa Washington de instigar e financiar os protestos.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu revisar as políticas de seu antecessor Donald Trump, que endureceu o embargo econômico imposto a Cuba, mas depois dos protestos de julho endureceu o tom.
O Departamento do Tesouro impôs quatro sanções e em novembro foram adotadas restrições de visto contra nove funcionários relacionados à repressão aos ativistas em 15 de novembro, quando outra marcha da oposição foi planejada, frustrada pelo medo de uma possível repressão do governo.
A ilha, sob embargo dos Estados Unidos desde 1962, enfrenta sua pior crise econômica em quase 30 anos, com severa escassez de alimentos e medicamentos, bem como uma crescente agitação social que se materializou em dissidência juvenil.
WASHINGTON