No pedido datado desta quarta-feira, os advogados citam um artigo do Daily Mail em que um dos jurados confessou ter levado em consideração suas memórias de infância durante as deliberações.
A defesa considera que esses comentários de Scotty David - nome do jurado - são "razões irrefutáveis para um novo julgamento".
"O jurado disse aos repórteres que revelou durante as deliberações que tinha sido vítima de abuso sexual e descreveu sua memória do evento. De acordo com o júri, essa revelação influenciou as deliberações e convenceu os outros jurados a condenar a senhorita Maxwell",escreveram os advogados.
O incidente é levado muito a sério pelo gabinete do procurador-geral de Manhattan, que sugeriu que o tribunal "conduzisse uma investigação" e propusesse uma "audiência" sobre o assunto "em cerca de um mês".
Segundo os promotores, é preciso apurar se o homem revelou durante o processo de constituição do júri - ou seja, antes do julgamento - que havia sido vítima de abuso sexual.
David foi evasivo sobre o tema nas entrevistas, dizendo que não se lembrava dessa pergunta, mas que responderia honestamente se o questionamento fosse feito.
Após 40 horas de deliberações em cinco dias, o júri considerou Maxwell culpada de cinco acusações que pesavam contra ela, incluindo a mais grave: a de tráfico sexual com seu ex-parceiro, o bilionário Jeffrey Epstein, que se suicidou na prisão em 2019.
Uma data para o anúncio da sentença ainda não foi anunciada.
Paralelamente, os tribunais norte-americanos examinam a ação civil movida por uma das vítimas do casal, Virginia Giuffre, contra o príncipe britânico Andrew, a quem acusa de tê-la estuprado em 2001, quando ela tinha 17 anos.
O príncipe Andrew, que frequentava o casal Epstein-Maxwell, nega as acusações.
Daily Mail
NOVA YORK