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Estado de Minas NOVA YORK

Direitos das canções de David Bowie são vendidos para Warner


04/01/2022 08:23 - atualizado 04/01/2022 08:25

Os direitos de todas as obras musicais de David Bowie foram vendidos para a Warner Chappell Music - informou a gravadora na segunda-feira (3), em meio a uma onda de vendas lucrativas de catálogos de estrelas do rock.

A Warner Chappell não divulgou os termos financeiros do acordo, mas a publicação especializada Variety assegura que é de mais de US$ 250 milhões.

São direitos sobre centenas de canções que abrangem a carreira de seis décadas de Bowie, incluindo "Space Oddity", "Changes", "Life on Mars?" e "Heroes", que "mudaram a trajetória da música moderna para sempre", afirmou o diretor da empresa, Guy Moot, em um comunicado.

"Estamos imensamente orgulhosos de termos sido escolhidos como guardiões da herança de David Bowie, um catálogo com o que há de mais revolucionário, influente e duradouro na história da música", enfatizou.

A Warner Chappell Music constituiu, assim, um catálogo excepcional que inclui 27 álbuns: do primeiro disco, "David Bowie" (1967), à sua obra póstuma, "Toy", lançada em novembro de 2021.

"Não são apenas músicas incríveis, mas marcos que mudaram para sempre o curso da música moderna", insistiu Moot.

Com este acordo, presume-se que a Warner, um dos três grandes mundiais do setor junto com Sony e Universal, receberá os direitos de cada transmissão e uso total, ou parcial, de uma faixa de Bowie em uma plataforma de streaming online, em filme, televisão, rádio, ou comercial.

O anúncio foi feito poucos dias antes do 75º aniversário de David Bowie, em 8 de janeiro, e quase seis anos após sua morte, em 10 de janeiro de 2016, após uma longa batalha contra o câncer.

Bowie foi o precursor do glam-rock, criador de um universo artístico além do musical, com seus personagens como Major Tom e Ziggy Stardust.

O "Camaleão do Rock" se tornou um dos músicos mais influentes do século XX.

A venda ocorre em meio a uma onda de negócios semelhantes de estrelas do rock. Em dezembro, Bruce Springsteen anunciou a venda de seu catálogo de músicas para a Sony por cerca de US$ 500 milhões e, em outubro, Tina Turner, de 81 anos, vendeu seus direitos musicais para o grupo alemão BMG.

No ano passado, Bob Dylan, de 80 anos, vendeu seu catálogo para a Universal Music por cerca de US$ 300 milhões.

Já Stevie Nicks, do Fleetwood Mac, fez o mesmo com a maior parte do catálogo da banda. Outros que venderam os direitos de suas composições foram Paul Simon e Neil Young.

Após uma fase difícil nos anos 2000, a indústria da música voltou a decolar com a revolução do streaming, uma importante fonte de renda para proprietários de catálogos.

Antes, o domínio exclusivo era de algumas importantes gravadoras, mas o setor agora é sustentado por fundos de investimentos, como o Hipgnosis.

"Músicas de extraordinário sucesso e impacto cultural produzem fontes de renda confiáveis e de longo prazo e são, portanto, ativos altamente lucrativos", escreveu recentemente um de seus fundadores, Merck Mercuriadis, ex-empresário do cantor britânico Elton John.

Hipgnosis diz possuir 146 catálogos, incluindo os do Red Hot Chili Peppers e alguns dos trabalhos de Neil Young adquiridos em 2021, ou o equivalente a mais de 65.000 canções, cujo valor é estimado em mais de US$ 2,55 bilhões.

Além disso, Hipgnosis vê perspectivas de receita em plataformas mais recentes, como TikTok e Roblox.

Essa liquidação de catálogos renomados e o abandono dos direitos autorais a empresas tentadas pela especulação não é unânime, porém.

Taylor Swift, uma das cantoras pop mais populares dos Estados Unidos, teve um sucesso retumbante com remakes de dois de seus antigos álbuns, depois de prometer regravar os primeiros seis álbuns para controlar seus direitos autorais.


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