"Disse claramente ao presidente Putin que adotaremos sanções graves e que aumentaremos nossa presença na Europa, com os aliados da Otan" se a Rússia invadir a Ucrânia, respondeu Biden quando perguntado na sexta-feira sobre o telefonema de quinta-feira.
"Fomos claros: não pode, repito, não pode invadir a Ucrânia", disse a jornalistas na saída de um restaurante em Wilmington (leste), onde passa com a família as festas de fim de ano.
O presidente russo, por sua vez, afirmou que adotar novas sanções contra Moscou seria "um erro colossal".
Após esta conversa de 50 minutos, a segunda em menos de um mês, ambos elogiaram, no entanto, a via diplomática como saída para a crise.
No domingo, Biden "vai reiterar o apoio americano à independência e à integridade territorial da Ucrânia", afirmou um funcionário da Presidência.
Enquanto isso, Zelensky disse em um tuíte que estava impaciente por abordar com o presidente americano "os meios para coordenar nossas ações pelo bem da paz na Ucrânia e da segurança na Europa".
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou, por sua vez, ter conversado por telefone com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, nesta sexta-feira.
Em um tuíte, o chefe da diplomacia americana pediu à Rússia que "participe seriamente" das negociações para permitir uma desescalada. Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam Moscou de ter concentrado dezenas de milhares de soldados em sua fronteira para uma possível invasão.
A Otan está "unida" e "disposta a dialogar", tuitou Stoltenberg.
Os Estados Unidos e a Rússia terão negociações bilaterais em 10 e 11 de janeiro em Genebra, chefiadas pela vice-secretária de Estado americano, Wendy Sherman, e seu contraparte russo, Serguei Ryabkov. Em 12 de janeiro haverá uma reunião Rússia-Otan, seguida no dia 13 de outra no âmbito da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).
Os Estados Unidos, acusados de dirigirem alguns temas internacionais sem muita concertação com seus aliados, insistem em se coordenar estreitamente com os europeus e os ucranianos.
Mais de 100.000 soldados russos estão posicionados perto das fronteiras da Ucrânia, onde a Rússia anexou a Crimeia em 2014.
Além disso, considera-se que Moscou apoia os separatistas pró-russos no conflito travado no leste da Ucrânia há quase oito anos.
WASHINGTON