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Estado de Minas BRASÍLIA

Apoio argentino para inundações 'não ia ajudar muito', justifica Bolsonaro


30/12/2021 21:58 - atualizado 30/12/2021 22:02

O presidente Jair Bolsonaro justificou nesta quinta-feira (30) a decisão de seu governo de rejeitar a ajuda oferecida pela Argentina após as inundações devastadoras na Bahia, alegando que o envio de dez pessoas "não ia ajudar muito" e poderia até "atrapalhar".

"Agradeço ao [presidente] Alberto Fernandez pelo oferecimento, mas 10 pessoas não ia nos ajudar em muito, talvez até atrapalhasse um pouco" o trabalho já desempenhado por diversas entidades brasileiras, como as Forças Armadas ou os bombeiros, afirmou Bolsonaro nesta quinta-feira em sua live semanal nas redes sociais.

"Traria grande dificuldade para a gente porque é um grupo que tem que tratar com todo carinho, [oferecer] um alojamento especial, transporte, etc... E nós temos pessoas no Brasil para esse tipo de missão", continuou o presidente brasileiro, que mais cedo agradeceu via Twitter "o fraterno oferecimento argentino".

Na segunda-feira, o embaixador argentino em Brasília, Daniel Scioli, ofereceu a ajuda de seu governo ao Brasil no combate aos dramáticos efeitos das enchentes causadas pelas fortes chuvas dos últimos dias, que até agora deixaram 24 mortos, 90 mil desabrigados e várias estradas destruídas na região sul da Bahia.

"Colocamos à disposição do Governo Federal e do governador do estado da Bahia desinfetantes e purificadores de água, além de profissionais especializados no seu uso, na montagem de abrigos da Acnur, na logística de doações e na contenção psicossocial", escreveu.

Bolsonaro, que mantém uma relação tensa com o governo de centro-esquerda de Fernández, disse no Twitter nesta quinta-feira que a ajuda oferecida pela Argentina "não seria necessária naquele momento, mas poderá ser acionada oportunamente".

O presidente brasileiro também reiterou que o governo "está aberto a ajuda e doações internacionais" e informou que o Itamaraty aceitou barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, lonas plásticas, galões plásticos e purificadores de água enviados pela Agência de Cooperação do Japão (Jica, na sigla em inglês), entre outras organizações.

O líder argentino Alberto Fernández é aliado do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, provável adversário de Bolsonaro nas eleições do próximo ano e a quem as pesquisas atribuem uma vitória confortável.

"É lamentável você ver um presidente que não ajuda recusar ajuda de outras pessoas", lamentou no Twitter o ex-presidente.

Embora tenha enviado vários ministros e liberado recursos para a reconstrução de rodovias, Bolsonaro foi duramente criticado por continuar de férias com sua família no sul do Brasil e por não ir pessoalmente à área do desastre, sobre a qual sobrevoou em 12 de dezembro.


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