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Estado de Minas NOVA YORK

Júri do caso Maxwell adia novamente o seu veredicto


29/12/2021 15:18

O tribunal de Nova York que julga a socialite britânica Ghislaine Maxwell por tráfico sexual adiou mais uma vez o seu veredicto nesta quarta-feira (29), apesar da pressão da juíza, que teme que o agravamento da epidemia de covid-19 afete a continuidade do processo.

As seis mulheres e os seis homens integrantes do júri, que há uma semana não conseguem chegar a um consenso sobre a culpabilidade ou a inocência de Maxwell, pediram novamente para reler as transcrições de vários testemunhos no julgamento que começou em 29 de novembro.

Entre essas transcrições está a declaração de uma psicóloga forense, Elizabeth Loftus, que se concentrou nas lembranças supostamente "truncadas" das vítimas dos atos de violência sexual cometidos há mais de 20 anos.

Maxwell, que fez 60 anos no dia de Natal, está em um presídio de Nova York desde que foi detida em julho de 2020. Ela está sendo processada, entre outras causas, por ter proporcionado a seu ex-companheiro, o financista americano Jeffrey Epstein, moças menores de idade para exploração sexual entre os anos de 1994 e 2004.

Epstein se suicidou em uma prisão da cidade de Nova York em agosto de 2019, privando suas vítimas de um julgamento por crimes sexuais.

Diante da lentidão das deliberações, a juíza do tribunal federal de Manhattan, Alison Nathan, se mostrou preocupada nesta terça-feira pelo "pico astronômico" de contágios com a variante ômicron da covid-19 em Nova York.

A justiça está alarmada pelo "atraso significativo" que acarretaria ao processo caso um dos membros do júri, advogados ou a própria juíza ficassem doentes ou tivessem que permanecer em quarentena.

"Ao dizer isso, certamente, não quero pressioná-los. Devem levar todo o tempo que for necessário", disse Nathan nesta quarta-feira (29) aos jurados.

Por sua vez, a acusada se mostrou relaxada, conversando com seus advogados e uma jornalista, vestida com um suéter de cor bordô e calças pretas, combinando com sua máscara.

Há uma semana abundam as especulações na imprensa, em especial sobre o fato de que, segundo o procedimento penal nos Estados Unidos, se as deliberações se prolongam é sinal de que existe um profundo desacordo entre os jurados, o que abriria possibilidade à defesa de um retorno ao ponto de partida.

Com nacionalidade tripla - britânica, francesa e americana - Ghislaine Maxwell corre o risco de passar décadas na prisão se for declarada culpada dos seis crimes para os quais foi denunciada, todos relacionados com atos de violência sexual cometidos por Jeffrey Epstein contra quatro vítimas, que na época dos fatos eram menores de idade.

Todas essas mulheres testemunharam durante o julgamento.

Ghislaine, que é filha do falecido magnata de mídia britânico Robert Maxwell, se declara inocente.


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