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Estado de Minas WASHINGTON

Senador democrata diz 'não' ao plano de reforma social de Biden, que pode chegar ao fim


19/12/2021 16:26 - atualizado 19/12/2021 16:31

O senador democrata Joe Manchin anunciou no domingo (19) que não aprovará o gigantesco plano de reforma social de Joe Biden, no que parece significar o fim deste programa do presidente que visa transformar os Estados Unidos.

"Não posso ir mais longe", disse o legislador da Virgínia Ocidental, que durante semanas foi um dos principais obstáculos a este programa de reformas sociais e ecológicas.

"Não posso votar a favor", acrescentou Manchi, citando em particular o aumento dos preços e a extensão da dívida.

"Simplesmente não posso. Tentei tudo que era humanamente possível, mas não consigo", acrescentou o senador conservador, que fez fortuna com combustíveis fósseis. "É não".

Em um comunicado, a Casa Branca expressou frustração com a "mudança repentina e inexplicável de posição" de Manchin. Também destacou que o senador havia prometido reiteradamente, inclusive ao presidente, negociar a finalização do projeto.

Biden admitiu na quinta-feira que o projeto provavelmente não poderá ser aprovado tão rapidamente quanto ele esperava, frustrando as esperanças de uma votação final antes do final do ano.

No entanto, o presidente manteve um tom de otimismo: "Acredito que superaremos nossas diferenças e avançaremos com o plano, mesmo diante da feroz oposição republicana".

Virgínia Occidental é o segundo maior estado produtor de carvão depois de Wyoming, de acordo com dados do governo, e gera 90% de sua eletricidade a partir de combustível.

- Déficit -

Chamado de "Build Back Better" (Reconstruir Melhor), o plano de 1,75 trilhão de dólares prevê especificamente jardim de infância para todas as crianças, créditos fiscais para residências e investimentos substanciais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Depois de uma primeira votação na Câmara dos Representantes, em novembro, onde os democratas venceram disputas internas entre os centristas, preocupados com o efeito sobre a dívida, e a esquerda, que queria ir mais longe nos gastos, a votação no Senado foi adiada nos últimos dias.

Como o Senado está dividido, com 50 legisladores para cada partido, qualquer um dos democratas tem o que parece ser um veto em projetos de lei que os republicanos se posicionarem unidos.

"Meus colegas democratas em Washington estão determinados a remodelar dramaticamente nossa sociedade de uma forma que deixa nosso país ainda mais vulnerável às ameaças que enfrentamos", disse Munchin em um comunicado postado no Twitter.

"Não posso correr esse risco com uma dívida espantosa e impostos inflacionários que são reais e prejudiciais para todo trabalhador americano".

De acordo com o Escritório de orçamento do Congresso, o plano de Biden aumentará o déficit em US $ 367 bilhões em dez anos.

A Casa Brnca afirmou em seu comunicado que o projeto "está totalmente pago. É o projeto de lei mais fiscalmente responsável que o Congresso considerou em anos e reduz o déficit no longo prazo".

- "Sem coragem" -

Questionado pela CNN sobre as declarações de Manchin, o senador Bernie Sanders, uma figura da ala de esquerda do Partido Democrata, acusou seu colega de falta de "coragem".

"Espero que apresentemos um projeto de lei forte ao Senado o mais rápido possível e deixemos Manchin explicar ao povo da Virgínia Ocidental por que não tem coragem de enfrente interesses poderosos das empresas farmacêuticas para reduzir os preços dos medicamentos, por que ele não está pronto para estender a cobertura social", disse.

A ala progressista do Partido Democrata se mostra decepcionada com a atenção que a Casa Branca dedicou ao moderado Manchin para convencê-lo a apoiar o projeto.

"Temos lidado com Manchin há meses", disse Sanders. "Se você não tem coragem de fazer a coisa certa pelas famílias da Virgínia Ocidental e dos Estados Unidos, vote não na frente do mundo inteiro".


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